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Em Campinas, CPI é aberta para apurar elo de empresas com fraudes
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MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS
A Câmara Municipal de Campinas (93 km de SP) abriu uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a ligação das empresas municipais Sanasa (empresa de saneamento) e IMA (Informática de Municípios Associados) com uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar licitações públicas.
O suposto esquema ocorria em três Estados e em pelo menos 11 cidades do interior de São Paulo, segundo as investigações do Ministério Público de São Paulo.
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Oito pessoas suspeitas foram presas na sexta-feira. Seis empresas, em nomes de laranjas, venciam licitações em diversos órgãos públicos e autarquias, segundo os promotores.
Entre os suspeitos estão dois policiais civis de Campinas. Duas pessoas estão foragidas.
As investigações de fraudes em licitações, segundo os promotores, começaram pela Sanasa, empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é a Prefeitura de Campinas.
A base do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), na Câmara, recolheu --antes da oposição-- as assinaturas de vereadores necessárias para abrir a CPI e, assim, ter o direito regimental de ficar com os principais cargos na comissão de inquérito.
Em julho passado, Dr. Hélio vetou uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias/2011), que obrigava as empresas públicas, entre elas Sanasa e a IMA, a disponibilizarem na internet informações sobre a execução orçamentária e financeira.
A prefeitura informou que determinou a instauração de auditorias nos contratos que envolvam as empresas.
A suposta organização criminosa desviou pelo menos R$ 615 milhões após fraudar licitações públicas nas áreas de segurança, vigilância e limpeza.
O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes, prorrogou ontem, por cinco dias, a prisão temporária dos oito presos sob suspeita de integrar uma suposta quadrilha especializada em fraudar licitações públicas.
A prisão temporária dos suspeitos venceria ontem à noite. Anteontem, a Justiça já havia determinado a quebra do sigilo bancário e o bloqueio de contas de todos os envolvidos no caso.
O Ministério Público apura o vazamento de um relatório da Polícia Federal ocorrido durante as investigações.
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