Arthur Virgílio reconhece derrota na reeleição ao Senado e se diz vítima de 'baixaria'

O senador Arthur Virgílio (PSDB) reconheceu sua derrota na campanha ao Senado neste domingo. Com 98,73% das urnas do Amazonas apuradas, Virgílio tinha 21,94% dos votos válidos, contra 22,84% da deputada federal Vanessa Grazziotin (PC do B) e 42,04% do ex-governador Eduardo Braga (PMDB).

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Um dos mais conhecidos críticos do governo Lula, ele disse à Folha que ficou surpreso com o resultado: "Eu me achava favorito".

No entanto, vê sua derrota como menos surpreendente do que a do também tucano Tasso Jereissati, no Ceará. "Ele liderava as pesquisas e caiu duas posições", disse.

Virgílio atribuiu a derrota ao que chama de "ação brutal do poder econômico" nos municípios do interior do Amazonas, em referência a partidos da base governista do Estado, aliados de Lula.

Na capital Manaus, onde foi prefeito entre 1989 e 1993, ele ficou à frente de Grazziotin.

O tucano reclamou ainda que foi alvo de muitas acusações. "A cada crescimento que eu tinha, vinham com uma baixaria. Não consegui todos os direitos de resposta que deveria ter tido."

Virgílio disse que não ficou ausente do Estado neste período e que tem relações estreitas com os prefeitos. "Não vejo ausência. Sou uma pessoa muito forte no Estado", afirma.

Para ele, o saldo da disputa não deve ser visto com "amargura". Ele disse que participará ativamente das eleições de 2012 e do segundo turno presidencial.

"Farei o papel que me couber no segundo turno. Mas o Serra precisa mudar a forma de abordar a campanha. Tem que ser explícito em relação ao Norte e Nordeste e profissionalizar mais a campanha."