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10/11/2010 - 19h50

PT quer presidência do Senado no acordo com PMDB

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

A bancada do PT na Câmara informou ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, que exige que o acordo com o PMDB sobre a presidência da Câmara inclua também o Senado.

Na opinião dos deputados petistas, para que haja o revezamento entre os dois partidos no comando da Casa, o mesmo precisa acontecer no Senado. A ideia bate de frente com o PMDB, que quer separar as duas negociações.

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"Nós abriremos mão da presidência aqui [Câmara] e somos a maior bancada, então eles também precisam abrir mão lá [Senado]", disse o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

A proposta do presidente do PMDB e vice-presidente da República eleito, Michel Temer (PMDB-SP), é que o seu partido presida a Casa no primeiro biênio e o PT, que conta com a maior bancada na próxima legislatura, fique com o segundo biênio. O problema é que os petistas também brigam para começar no comando.

No Senado, o PMDB conta com a maior bancada na próxima Legislatura. Integrantes do partido avisaram que caso o acordo não seja selado na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) , o candidato à presidência, vai partir para a disputa. No PT, há uma briga interna sobre quem será o candidato: Cândido Vaccarezza (PT-SP), Marco Maia (PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP) ou João Paulo Cunha (PT-SP).

Em uma estratégia para tentar isolar o PMDB e ganhar força na Câmara, o PT defendeu na reunião desta quarta-feira incluir outros partidos, até mesmo da oposição, na discussão sobre o comando da Casa. Até agora, apenas as duas legendas estavam participando da conversa.

"Acredito que a maneira mais adequada é procurar todos os partidos da base aliada, para não entrarmos em nenhuma disputa", disse Dutra.

TRANSIÇÃO

Durante a reunião com Dutra, deputados também falaram sobre a necessidade de o PT ter maior participação no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. Os congressistas rejeitam a tese apresentada por alguns partidos aliados de manter o atual desenho na esplanada dos ministérios. "Eu fui designado para ouvir as demandas sem fazer juízo de valores e levar isso para a Dilma. Eu não posso ser contra ou a favor de manter o atual desenho. Quem vai decidir isso é a Dilma", disse Dutra.

O presidente do PT também rejeito a tese de que cargos no comando do Congresso possam ser compensados com cargos na Esplanada: "são questões separadas. O parlamento é o parlamento e o governo é o governo. Não há essa possibilidade".

A afirmativa foi dada após ele ouvir que os peemedebista cogitariam abrir mão da presidência do Senado durante um biênio caso fosse contemplado com mais um ministério.

 

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