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Tarso quer criar mais secretarias no RS
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GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
O governador eleito Tarso Genro (PT) aumentará os gastos para reproduzir, no Rio Grande do Sul, a estrutura de poder do governo Lula e já acena com a elevação das despesas com pessoal através de concursos públicos.
A exemplo do que Lula fez na Presidência, Tarso pretende ampliar o número de pastas para ganhar margem de manobra nas negociações com partidos aliados, e assim formar maioria na Assembleia Legislativa.
O primeiro escalão do petista terá 30 integrantes --cinco a mais do que o de Yeda Crusius (PSDB).
A coligação de Tarso elegeu apenas 18 dos 55 deputados da Assembleia, mas a adesão do PDT e do PTB, siglas que comandarão cinco secretarias estaduais, elevará a base para 31 deputados.
Após acordo político, Tarso anuncia lote de 13 secretários
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Enviada por Yeda a pedido do sucessor, a proposta de reforma administrativa que configura o futuro secretariado tramita na Assembleia.
Nela, o Rio Grande do Sul terá um Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social com status de secretaria, similar ao congênere da esfera federal.
Outra inspiração da Esplanada dos Ministérios foi dividir a pasta responsável pelas políticas públicas para estimular a produção agrícola. Tarso terá uma secretaria da Agricultura, voltada ao agronegócio, e outra, de Desenvolvimento Rural, com foco na agricultura familiar.
O projeto de reforma prevê ainda a criação de secretarias da Mulher e do Esporte --esta última, desmembrada da atual pasta do Turismo, assumirá as atribuições da secretaria extraordinária da Copa de 2014, que será extinta.
Além dos novos secretários, a reforma prevê a criação de mais 45 cargos comissionados (sem concurso) de segundo e terceiro escalões. Salários e adicionais devem gerar despesa extra de R$ 3 milhões por ano.
Hoje, o RS tem cerca de 2.000 cargos comissionados. O número já foi maior: durante o governo Yeda, 550 cargos foram extintos.
O aumento nos gastos não se dará somente no item pessoal --que já representa 39,4% da receita gaúcha.
Questionado pela Folha sobre os gastos, Tarso criticou o "critério economicista" e disse que não promoverá "enxugamento" à custa de deixar de prestar serviços.
Ele expressou a intenção de fazer concursos públicos para recuperar áreas que, segundo ele, estão sucateadas.
"A visão de R$ 2 ou R$ 3 para não contratar funcionários funciona na imaginação do neoliberalismo e o governo Lula desmentiu isso", disse.
"Hoje a Europa está arrependida dos enxugamentos que fizeram e da irresponsabilidade com que trataram as funções públicas do Estado."
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