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Kassab faz críticas ao DEM e diz que sigla não está no rumo certo
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EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, líder com mais visibilidade do DEM, criticou nesta segunda seu próprio partido.
Kassab, aliado do ex-candidato à Presidência José Serra (PSDB), negocia a saída do DEM e sinaliza com uma possível filiação ao PMDB, o que poderia levá-lo a uma aproximação com o governo federal.
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O prefeito condiciona sua permanência no DEM a uma mudança na direção do partido, hoje nas mãos de Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, derrotado na eleição para o Senado.
Kassab negou que sua decisão terá relação com a direção da legenda. "Uma eventual saída não tem vinculação com a presidência [do partido]", afirmou.
Mesmo assim, o prefeito disse defender a antecipação das convenções estaduais e municipais da legenda, o que poderia dar força ao seu grupo político para pleitear uma mudança também na direção nacional.
"Os resultados não são positivos, do partido. E, se os resultados não são positivos, vale a pena fazer uma avaliação", disse o prefeito.
Para Kassab, trata-se apenas de "um trabalho para fortalecimento da sigla". "O Brasil precisa de partidos fortes, com propostas claras, e não vejo o DEM nesse rumo."
"Temos alguns meses para que possamos encontrar, quem sabe, esse rumo, para retomar a condição de um partido com densidade, com dimensão e com clareza na relação com a sociedade civil", afirmou.
A interlocutores, Kassab tem dito que deve se filiar ao PMDB no começo do ano. A Folha apurou que ele sinalizou a possíveis novos aliados --PC do B, PSB e PDT-- que essas legendas poderão indicar secretários para seu governo a partir do ano que vem.
Esses três partidos apoiam José Police Neto (PSDB), líder do governo Kassab, à Presidência da Câmara. O prefeito faz campanha para Police Neto curiosamente contra um candidato do DEM, Milton Leite, que tem o apoio também dos vereadores do provável futuro partido do prefeito, o PMDB.
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