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12/01/2011 - 18h01

PDT critica Mantega e diz que aumento no mínimo 'não dá nem para duas cachaças'

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O presidente da Força Sindical e líder do PDT na Câmara, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, criticou na tarde desta quarta-feira (12) o ministro Guido Mantega (Fazenda) e disse que o "governo começa mal" por causa das negociações em torno do novo salário mínimo.

"Eu nem deveria falar isso, mas acho que o governo começa mal. Colocar o Mantega para falar com a gente não dá. O Mantega não tem jeito de falar com o trabalhador. Na época do Lula tinha o Dulci [Luiz Dulci, antigo secretário-geral da Presidência], que vocês [da imprensa] não gostavam, mas ele resolvia", disse Paulinho.

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As críticas contra Mantega acontecem porque o ministro tem dado declarações de que o governo deve vetar qualquer aumento maior do que os R$ 540, caso aprovado pelo Congresso. A Medida Provisória que trata do assunto deve ser a primeira dificuldade de Dilma Rousseff na Câmara e Senado.

Paulinho também criticou nesta quarta-feira a possibilidade de o salário mínimo aumentar em apenas R$ 3. "Não dá nem para tomar duas cachaças, quer dizer, não dá nem pra uma", ironizou.

Segundo o presidente da Força, o presidente das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, disse que o governo aceitaria elevar o valor do salário para R$ 543, índice veiculado à variação do INPC do período.

Paulinho esteve mais cedo no Palácio do Planalto, para defender o valor de R$ 580.

REIVINDICAÇÕES

Ontem, as centrais sindicais entregaram uma carta no gabinete da presidente, com três pontos principais de reivindicação: reajuste do salário mínimo para R$ 580, aumento de 10% para os aposentados e revisão de 6,43% na tabela do Imposto de Renda.

As centrais ameaçam que caso não haja conversa com relação ao último tema até segunda-feira, "milhares de ações em todos os Estados" serão ajuizadas na Justiça. O argumento é de que a não correção caracteriza "confisco".

Segundo o deputado, a defasagem da tabela já chega a 70% desde o governo Fernando Henrique Cardoso.

 

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