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20/01/2011 - 18h24

Manifestantes bloqueiam a Transamazônica em área onde morreu missionária

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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

Assentados do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança, no qual foi morta a missionária Dorothy Stang, bloquearam hoje um trecho da rodovia Transamazônica (BR-230) próximo a Anapu (PA).

Eles fazem parte de um grupo de trabalhadores rurais que, segundo o Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária), apoia a venda de madeira retirada do local.

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Manifestantes bloqueiam assentamento que era defendido por Dorothy Stang no Pará

Protestam contra a tentativa do órgão federal, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de outros assentados de parar a exploração da floresta --que se acentuou a partir de 2009, dividindo os moradores e criando nova tensão na região.

A Polícia Civil na cidade disse que o bloqueio se mantém durante a tarde, mas não soube dar mais detalhes.

A ameaça da manifestação havia sido feita anteontem, durante reunião com representantes do Incra e da CPT.

O órgão federal argumenta que a permanência dos madeireiros no PDS é ilegal e quer construir guaritas na entrada e na saída do assentamento, para evitar o trânsito de caminhões carregados com toras.

Ontem, ao menos 20 homens da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança chegaram a Anapu para reforçar o policiamento. Uma audiência pública para discutir o conflito está prevista para ocorrer no dia 25.

Dorothy Stang foi morta com seis tiros, em fevereiro de 2005, por denunciar o desmatamento e a grilagem (apropriação ilegal de terra pública) na mesma área.

O crime teve repercussão internacional e é considerado um dos mais emblemáticos do conflito agrário na Amazônia.

 

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