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Sarney defende mínimo de R$ 545 e crítica de Lula a centrais
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta quarta-feira a aprovação do salário mínimo de R$ 545, valor proposto pelo Palácio do Planalto. Sarney disse que, como há a previsão da aprovação de uma política de valorização do mínimo nos próximos anos, o valor pode aumentar em 13% em 2012 --sem um reajuste maior este ano que traga impactos às contas públicas.
"A presidente [Dilma Rousseff] mandou [o valor] dentro da capacidade de não criarmos instabilidade econômica. Se as projeções que estão sendo feitas forem confirmadas, o salário mínimo no próximo ano terá um aumento de 13%", afirmou.
Segundo Sarney, a fórmula de aumento gradual do salário mínimo atende às demandas dos trabalhadores brasileiros. "A fórmula absorve a inflação e o crescimento do PIB", afirmou.
Sarney saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar ser "legítima" sua crítica ao que chamou de "oportunismo" dos sindicatos que reivindicam o valor em R$ 580. "Eu acho que é legítimo, uma vez que foi ele quem fez o acordo. Ele tem legitimidade de ser operário e saber o que é justo ou injusto", disse Sarney.
Esta semana, Lula acusou as centrais sindicais de oportunismo na disputa com o governo pelo reajuste do salário mínimo. Foi a primeira vez que ele rebateu críticas à atual gestão. Na última sexta-feira, sem acordo sobre o aumento do salário mínimo, dirigentes das seis maiores entidades do país acusaram Dilma de romper a política de valorização salarial de Lula e ameaçaram romper as negociações.
DIRETORIA
Sarney também confirmou a troca do diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra. A Folha apurou que Sarney convidou Doris Marize Peixoto para a Diretoria-Geral. Ela trabalhou como chefe de gabinete de Roseana Sarney no Senado até 2009, quando saiu para a diretoria de Recursos Humanos.
"Acertamos na legislatura passada que o diretor deve ser por dois anos. Isso me leva a substituir o diretor. Ele tem prestado bons serviços, não é nada pessoal, é algo que acertamos na legislatura passada", disse o senador.
Sarney também vai trocar outros cargos estratégicos na área administrativa e pôr pessoas de sua confiança nessas vagas. As mudanças podem atingir 20 cargos.
O senador disse que a escolha do novo diretor vai seguir a "demonstração do conhecimento" da administração da Casa.
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