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09/03/2011 - 11h28

Planalto avança sobre vitrines tucanas em São Paulo

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DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA

O governo federal avançará sobre uma bandeira histórica dos tucanos em São Paulo, as Etecs (escolas técnicas). Descritas como orgulho da gestão estadual do PSDB, ganharão concorrência acirrada com o lançamento do Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica), previsto para abril.

O governo estadual estimula a comparação da oferta de vagas para a modalidade, já que, proporcionalmente, oferece mais do que o federal. "São Paulo é hoje o maior polo de ensino técnico da América Latina", disse o governador Geraldo Alckmin.

As Etecs e Fatecs (faculdades tecnológicas) sustentaram o discurso de Alckmin sobre a qualidade do ensino paulista na campanha eleitoral, em 2010. Nos últimos seis anos, receberam investimentos pesados dos governos do PSDB em São Paulo.

O orçamento do Centro Paula Souza, responsável pela administração das escolas técnicas e faculdades tecnológicas, triplicou: passou de R$ 406,9 mil em 2006 para uma previsão de R$ 1,2 bilhão neste ano.

Hoje, as Etecs oferecem quase 150 mil vagas em cursos técnicos e mais cerca de 50 mil para o ensino médio. O governo tem uma expectativa informal de elevar em 20% essa quantidade, criando mais 40 mil vagas.

O governo federal, por sua vez, patrocina, via institutos técnicos federais, 348 mil vagas. A expectativa é que, no fim do governo Dilma, os institutos possam receber 500 mil matrículas. Com o Pronatec, há uma expectativa de triplicar esse número.

O desenho final do programa ainda não está pronto, mas a ideia é aliar a expansão da rede federal a uma parceria com as entidades do Sistema S. Com isso, a estimativa é chegar a aproximadamente 1,5 milhão de matrículas.

Ciente do impacto da medida, o ex-governador José Serra (PSDB) disse, assim que a presidente Dilma anunciou o programa, que era cópia de sua proposta.

"Parabéns ao governo pelo anúncio do Protec [sic] --o ProUni do ensino técnico--, que propus na campanha", ironizou Serra no Twitter.

DIFERENÇAS

Embora o ensino técnico esteja no centro da agenda de educação de tucanos e petistas, os modelos são distintos.

Escolas da rede federal oferecem a educação profissionalizante com as matérias tradicionais --os conteúdos são divididos entre a manhã e a tarde. Já em São Paulo, há predomínio do ensino técnico oferecido após o médio.

Especialistas veem pontos positivos e negativos nos dois sistemas. O federal possibilita uma formação ampla ao aluno, mas atende menos gente que o estadual.

O resultado é que, segundo o último censo escolar, de 2009, a rede federal responde por cerca de 10% das matrículas. Estaduais ficam com 31% e particulares, 55%.

 

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