MST encerra invasão em que recebeu carne do governo da Bahia

Os integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia na semana passada começaram a deixar o local nesta terça-feira.

Os sem-terra decidiram sair após uma reunião pela manhã de seus líderes com o governador Jaques Wagner (PT). O petista prometeu atender partes das reivindicações do movimento: instalar oito escolas em assentamentos e fortalecer a assistência técnicas para os assentados.

O governo também prometeu intermediar junto ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) pedidos de mais verbas para a reforma agrária do Estado.

A invasão causou polêmica porque o governo baiano distribuiu 600 quilos de carne por dia aos cerca de 3.000 manifestantes. Também foram instalados banheiros químicos, chuveiros e toldos na secretaria.

A iniciativa foi criticada pela oposição no Estado e questionada pelo Ministério Público.

A assessoria de Wagner disse que o governador tem "toda a simpatia" pelo MST e que "prefere o barulho dos movimentos sociais do que a sirene da polícia".

Quanto ao questionamento da Promotoria, o governo afirmou que "entende que as pessoas que estão ali estão legitimamente se manifestando e reivindicando uma pauta que tem a ver com a história do Brasil".