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Justiça do Acre condena Hildebrando a mais de 11 anos de prisão
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FREUD ANTUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIO BRANCO
O ex-deputado federal e coronel reformado Hildebrando Pascoal foi condenado na noite desta segunda-feira a 11 anos e seis meses de prisão pelo crime de sequestro e cárcere privado de Clerisnar dos Santos Alves, esposa de José Hugo, e dos filhos Havila César e Arelc dos Santos Alves.
O júri também condenou Manoel Maria Lopes, o "Coroinha", a dez anos de reclusão. O ex-sargento da Polícia Militar Alex Barros recebeu pena de dez anos em regime fechado. O empresário Ney Roque e o policial militar Marco Antônio receberam oito anos e seis meses de reclusão. O primo de Hildebrando, o ex-comandante da PM, Aureliano Pascoal, foi o único a ser absolvido.
O julgamento, marcado para começar às 8h30, teve início às 10h30 depois que Hildebrando Pascoal decidiu desconstituir o advogado de defesa, Armisson Lee, e pediu a nomeação do defensor público Valdir Perazzol, o que foi aceito pelo juiz Leandro Leri Gross.
Depois de aberta a sessão, o ex-deputado federal usou o direito de ficar em silêncio e não responder as perguntas. O primo e ex-comandante chegou a chorar e teve dificuldades de se expressar perante o júri.
Para defender o coronel reformado, Perazzo negou que seu cliente tivesse cometido o crime.
Hildebrando Pascoal foi preso em 1999 acusado de liderar um grupo de extermínio, integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas.
Ele já foi condenado por dois homicídios, sequestro, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, crimes eleitorais e financeiros. No total, Hildebrando já foi sentenciado a mais de 130 anos de cadeia.
CASO CLERISNAR
Clerisnar Alves e os filhos, que eram menores, foram sequestrados em 1996 pelos condenados. Na época, o esposo da vítima, José Hugo, foi acusado de matar o irmão de Hildebrando, Itamar Pascoal.
Hugo acabou fugindo e o grupo resolveu pegar a família do suposto pistoleiro para descobrir o paradeiro dele. As vítimas teriam sido levadas para um sítio, onde foram torturados.
Clerisnar Alves morreu de câncer há dez anos.
Lista de acusados e sentenças
Alex dez anos de reclusão regime aberto
Hildebrando 11 anos e seis meses de reclusão fechado
Marco Antônio César da Silva oito anos e seis meses de reclusão fechado
Manoel Maria dez anos de reclusão fechado
Ney Roque oito anos de seis meses de reclusão
Aureliano Pascoal foi absolvido
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