Tombini defende simplificações para o câmbio, mas com cautela

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira (30) que o país tem espaço para simplificar e modernizar as operações de câmbio em espécie e as transferências de pequenos valores de moeda, mas as mudanças devem ser feitas com cautela para preservar a segurança das operações e o combate à lavagem de dinheiro.

"Creio que há possibilidade de avançarmos com segurança nesses dois segmentos do mercado cambial", disse ao abrir seminário sobre o assunto.

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Marcelo Camargo/Folhapress

Tombini afirma que mudanças no câmbio exigem cautela por segurança e combate à lavagem de dinheiro

Ele acrescentou que o tema ganha importância com a perspectiva de aumento da demanda por câmbio com a realização no país, nos próximos anos, da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada.

Tombini destacou como principais avanços recentes da legislação cambial brasileira a unificação do câmbio, em 2005, o fim da obrigatoriedade da cobertura cambial na exportação e importação, um ano depois, e o fim da exigência de contratos de câmbio para operações de até US$ 3.000.

As mudanças, segundo ele, visaram a desburocratização, em favor das empresas exportadoras e importadoras e dos cidadãos de uma forma geral.

"Não se busca, contudo, uma modernização e simplificação a qualquer custo. Temos sempre presente a preocupação de equilibrar esse processo com regras que busquem preservar aspectos relacionados à prevenção e ao combate da lavagem de dinheiro", disse Tombini.