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Corpos de trabalhadores permanecem na floresta
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA
Enquanto se discute como diminuir a violência agrária na Amazônia, os corpos de dois trabalhadores rurais assassinados em um assentamento em Pacajá (PA) estão no meio da floresta desde o final de abril esperando serem recolhidos.
A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos já pediu duas vezes à Polícia Civil do Estado para buscar os cadáveres e investigar os crimes, mas recebeu a resposta de que o local é de difícil acesso e seria necessário um helicóptero para resgatá-los.
Na última quarta-feira, procurado pela Folha, o governo de Simão Jatene (PSDB) disse que a cúpula da Secretaria Estadual da Segurança Pública desconhecia a situação e que foi avisado dela pela reportagem.
Mas as mortes tinham sido comunicadas pelo governo federal em uma reunião no dia 13 de maio e também por ofício na semana passada.
Segundo o governo estadual, equipes das polícias militar e civil foram enviadas à área anteontem para fazer o resgate dos corpos, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Adão Ribeiro da Silva e Nildo (cujo sobrenome ainda é desconhecido) foram mortos por terem supostamente denunciado plantadores de maconha dentro do assentamento Rio Bandeira, que fica em local isolado de Pacajá.
Em dezembro do ano passado, policiais foram à área e queimaram parte de uma plantação estimada em 6.000 pés.
Pouco tempo depois, os donos da droga voltaram à área e assassinaram quem eles acreditavam que os havia delatado. Os outros trabalhadores rurais não mexeram nos cadáveres com medo de represálias.
VIOLÊNCIA
A região de Pacajá é uma das mais violentas da Amazônia. Fica próxima à Anapu, cidade em que foi morta, em 2005, a missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang.
Segundo a Sintraf (Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), que atua na área, ao menos dez pessoas foram mortas apenas no ano passado em um assentamento vizinho ao Rio Bandeira, chamado Rio Cururuí, onde madeireiros invadem os lotes dos assentados para roubar madeira.
No fim de setembro de 2010, a CPT (Comissão Pastoral da Terra) denunciou que 13 pessoas haviam sido mortas dentro do Cururuí.
Os crimes nunca foram solucionados e alguns dos supostos mortos também nunca foram encontrados. A Polícia Civil disse à época que eram três os assassinatos e os atribuiu a disputas entre os assentados.
No ofício enviado na semana passada ao governo paraense, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos também pediu que esses outros casos fossem investigados.
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