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Aliada ao governo, Força Sindical pede 'saída imediata' de Palocci
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RANIER BRAGON
DO PAINEL
Atualizado às 13h10.
A Força Sindical, central ligada ao governista PDT, divulgou nota nesta segunda-feira pedindo o "afastamento imediato" do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).
O documento é assinado pelo presidente da central sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que protagonizou forte embate com o governo durante a votação do salário mínimo pelo Congresso e que durante a atual crise já havia dado declarações pessoais defendendo a saída do ministro.
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"As tentativas de esclarecimento do ministro da Casa Civil, apenas para cumprir formalidades, não foram suficientes para arrefecer o desgaste a que vem sendo submetido o braço direito da atual presidenta", diz a nota, que acrescenta: "O povo brasileiro está vendo com ceticismo a defesa apresentada para tais denúncias, e anseia por uma resposta convincente e verdadeira. As evidências de ter praticado atitudes não republicanas que pairam sobre o ministro fazem com que sua credibilidade vá, a cada dia, se deteriorando. O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o país".
O PDT de Paulinho participa do governo no Ministério do Trabalho, ocupado pelo presidente licenciado da legenda, Carlos Lupi.
A crise envolvendo Palocci teve início com a revelação, pela Folha, de que o patrimônio do ministro se multiplicou em pelo menos 20 vezes entre os anos de 2006 e 2010, período em que ele havia deixado o Ministério da Fazenda e se tornado deputado federal.
A nota assinada por Paulinho diz ainda que "o servidor público de alto escalão deve servir de exemplo e ser pautado pela ética, pela transparência e pela moralidade pública" e que Palocci "tornou-se refém do silêncio, passando a acreditar apenas no tempo como seu aliado".
O texto também defende que o governo não pode ter compromisso "com o erro e com a falta de lisura" e que não apresentar a verdade sobre a evolução patrimonial de Palocci "gera suspeita sobre o governo".
Em 2008, Paulinho sofreu processo no Conselho de Ética da Câmara sob suspeita de participar de esquema de desvio de recursos no BNDES, mas foi absolvido pelos colegas. O caso resultou em investigação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
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