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07/06/2011 - 16h29

Governo negocia trocar convocação de Palocci por convite

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Integrantes do governo negociam para que o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) vá à Câmara dar explicações sobre o fato de seu patrimônio ter aumentado pelo menos 20 vezes de 2006 para 2010, como revelou reportagem da Folha.

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A articulação está sendo desenhada, no Congresso, entre o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

Marco Maia conversou mais cedo com integrantes da oposição para ver a possibilidade de eles desistirem da convocação e aceitarem aprovar um requerimento de convite ao ministro.

"Não vamos fazer um cavalo de batalha se ele [Palocci] tem que falar em uma comissão presidida pelo DEM, se vem com convite ou convocação. O importante é que o ministro venha", disse o líder do DEM, ACM Neto (BA).

A convocação de Palocci já foi aprovada, na semana passada, na Comissão de Agricultura da Câmara. A ideia, porém, é que Maia cancele a convocação. A desculpa seria a de que que o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), não respeitou a vontade da maioria e nem esperou 24 horas entre a apresentação do requerimento e a sua votação.

A possibilidade de Palocci ir à Câmara ganhou força na noite de ontem, após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivar as representações contra o ministro. O entendimento entre os líderes governistas da Câmara foi o de que Palocci ganhou uma sobrevida e poderia permanecer no cargo se apresentasse mais explicações públicas, dessa vez na Câmara.

Mais cedo, Marco Maia deu sinais de que poderia adiar sua decisão sobre o cancelamento ou não da convocação de Palocci para amanhã, após finalizar o acordo com o Palácio do Planalto. "Estou conversando com os líderes, vendo as repercussões", afirmou ele à Folha.

"Para mim é indiferente se o Marco Maia responder [sobre a convocação] hoje ou amanhã. De novo, o importante é que o Palocci venha", disse ACM Neto. "Na minha opinião, ele [Maia] está percebendo que se cancelar a convocação vai ser muito ruim para a câmara. Ele iria deixar de ser o presidente da Casa, para ser o presidente de alguns".

 

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