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Governo regional da Itália deverá interceder no caso Battisti
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DA ANSA, EM ROMA
O Conselho Regional de Lazio, órgão legislativo dessa região italiana, aprovou hoje uma moção a favor da extradição de Cesare Battisti que deve chegar às mãos da presidente Dilma Rousseff e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A proposta, do parlamentar Carlo De Romanis, do partido PDL (Povo da Liberdade), o mesma do premier, Silvio Berlusconi, prevê que a presidente da região de Lazio, Renata Polverini, atue em todas as ocasiões possíveis para sensibilizar o governo brasileiro para voltar atrás na decisão sobre a situação do ex-militante de esquerda condenado à prisão perpétua na Itália.
A moção recebeu a assinatura de membros da oposição ao governo federal italiano pertencentes ao PD (Partido Democrático), ao IDV (Itália dos Valores) e à UDC (União Democrática de Centro), além da base aliada da presidente regional.
De acordo com o texto aprovado, Polverini deve atuar no trâmite da Junta regional e da Comissão de Relações Exteriores comunitárias e internacionais do Conselho e junto a instituições e organizações internacionais para coordenar os empenhos e obter a extradição.
A moção deverá passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado italianos, pela Presidência do Conselho de Ministros do país, pela Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), pelo Conselho da União Europeia (órgão que representa os Estados-membros), além do governo brasileiro.
Hoje, a juventude do PDL já anunciou que irá levar a discussão sobre o caso de Battisti a um encontro internacional de jovens conservadores que ocorrerá entre amanhã, 24 de junho e domingo, 26, em Bogotá, na Colômbia.
Esta será a primeira vez que o Fórum Liberdade da União Internacional de Juventude Democrata, rede global de jovens conservadores, ocorre em uma cidade latino-americana.
De acordo com um comunicado da juventude do PDL, "o fato de que esta conferência ocorra em um país sul-americano nos permitirá contar os crimes, reconhecidos por sentenças [judiciais] na Itália, que mancham Battisti". "Crimes que passaram sem uma condenação por causa da decisão injusta tomada pelas autoridades jurídicas brasileiras", acrescenta o texto.
A ocasião, indica ainda a nota, "prevê intervenções de muitos líderes políticos de centro-direita sul-americanos, entre os quais o [ex-]chefe do governo colombiano [Álvaro] Uribe ao qual se deve o mérito de ter dobrado as forças insurgentes dos narcotraficantes, além de ter desferido dois golpes contra o crime organizado e contra o mercado de drogas".
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