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Tucano recua e assina novamente CPI, mas governista retira apoio
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Pressionado pelo PSDB, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) recuou e assinou novamente a lista para a criação da CPI da Corrupção do Senado nesta quarta-feira. Depois de formalizar na manhã de hoje a retirada de sua assinatura, o tucano voltou atrás. Em contrapartida, o senador Reditario Cassol (PP-RO) retirou seu nome --o que mantém em 25 o número de senadores que apoiam a comissão.
Para que a CPI seja instalada, é necessário que 27 senadores assinem o requerimento de criação da comissão. Desde a noite de ontem, quando a oposição conseguiu o apoio dos 27 parlamentares, o governo pressiona aliados para retirarem as assinaturas. Ministros, líderes na Câmara e no Senado, além da própria presidente Dilma Rousseff, pressionaram aliados para barrarem as investigações.
Além de Oliveira e Cassol, o senador João Durval (PDT-BA) voltou atrás no seu apoio à comissão depois de ter assinado o requerimento. Oliveira retirou o apoio a pedido do titular do seu mandato, João Ribeiro (PR-TO) --aliado do Palácio do Planalto.
Diante da pressão da oposição, já que é integrante do PSDB, o senador disse que decidiu apoiar novamente as investigações sobre irregularidades no Ministério dos Transportes depois de se justificar com Ribeiro --que pediu para o suplente não assinar o requerimento.
"Eu posso ter vacilado diante do meu compromisso com o meu companheiro João Ribeiro. Mas estou corrigindo a falha. Estou aqui em busca da verdade, dos esclarecimentos dos fatos. Desfiz o compromisso com o titular do meu mandato em defesa da ética e dos meus valores", afirmou Oliveira.
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que a ofensiva do governo para retirar assinaturas comprova que não há intenção de se investigar as denúncias. "O pavor demonstrado quando se viabilizou as assinaturas revela que não há propósito de mudar esse modelo de corrupção. Por isso a CPI é necessária."
COLETA
Dias afirmou que vai tentar buscar as duas últimas assinaturas para viabilizar a CPI entre senadores governistas descontentes com o rumo das investigações conduzidas pelo Palácio do Planalto no Ministério dos Transportes.
A oposição, no entanto, corre contra o tempo --já que após a leitura do requerimento no plenário do Senado sem as mínimas 27 assinaturas terá que recomeçar do zero toda a coleta de apoio para a comissão.
A expectativa é que o requerimento seja lido esta tarde, já que ontem a oposição protocolou oficialmente o pedido de CPI na Secretaria Geral da Mesa Diretora do Senado.
"Vamos retomar a coleta de assinaturas, mesmo que seja do zero. A CPI vai revelar pessoas que protagonizaram o esquema de corrupção", afirmou Dias.
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