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18/08/2011 - 15h03

Câmara de Campinas começa a julgar impeachment do dr. Hélio

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Teve início nesta quinta-feira (18) a sessão que vai decidir sobre o impeachment do prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT). A manhã foi marcada por questionamentos da defesa do prefeito.

Além de pedir que o vereador Artur Orsi (PSDB), autor do pedido de impeachment, não participe da sessão, e que o vereador Petterson Prado (PPS) não possa votar, já que foi julgado pelo Tribunal de Justiça por improbidade administrativa, os advogados Alberto Rollo e José Roberto Batochio afirmaram que irão buscar medidas jurídicas para suspender o julgamento.

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De acordo com eles, a divulgação, na noite de quarta-feira (17), de uma gravação em que o vereador Aurélio Cláudio (PDT) conversa com o advogado Ricardo Marreti e dá a entender que os votos na sessão estariam sendo negociados, é uma maneira de induzir o resultado da votação.

"Nunca vi uma manobra tão rasteira e ilícita. O presidente da Câmara não pode levar o julgamento adiante diante da suspeição sobre todos", afirmou Batochio. Segundo o advogado, a negociação de votos poderia acontecer tanto para os contrários quanto para os favoráveis à cassação.

"A divulgação só agora de uma gravação feita em 9 de agosto é uma coação psíquica, uma extorsão política", disse. "Como fica a liberdade do voto?", completou Rollo.

O vereador Aurélio Cláudio não esteve na Câmara nesta manhã. Na quarta-feira à noite, entregou ao prefeito uma carta em que afirmou nunca ter recebido oferta de "vantagem material para influenciar seu voto". Disse ainda que as gravações foram feitas de má-fé e com o objetivo de prejudicar o prefeito ou de aumentar o valor das dívidas que tem.

O prefeito de Campinas é acusado de ter sido omisso ao permitir que um suposto esquema de corrupção se instalasse em sua administração, principalmente na Sanasa (empresa mista de saneamento da cidade) e negligente ao indicar para cargos de confiança profissionais acusados de participação. Também há denúncias sobre irregularidades na liberação de loteamentos e na instalação de antenas de telefonia celular.

Os vereadores continuam em sessão, já que todo o processo tem de ser lido antes da votação. A defesa abriu mão da leitura de cerca de 600 páginas do total de 1.649. A previsão é que o julgamento ocorra no sábado ou, se necessário, no domingo.

 

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