Líder do governo no Senado minimiza pressão por saída de Novais

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou nesta segunda-feira (22) o movimento de uma ala do partido que pede a saída do ministro Pedro Novais (Turismo) do cargo.

Depois de prestar esclarecimentos à Câmara, Novais será ouvido pelos senadores amanhã.

"Algumas pessoas do PMDB levantaram alguns pontos, mas essas questões são internas da bancada da Câmara. Portanto, é a definição da bancada da Câmara que deve prevalecer. (...) Não se pode falar em rebelião", afirmou Jucá.

O líder do partido na Câmara, Henrique Alves (RN) é um dos defensores da manutenção de Novais na pasta.

Jucá disse ainda que Novais "tem a confiança do partido". "O ministro tem o apoio do partido e da base do governo, e vai prestar as explicações necessárias. Ele está tomando as providências cabíveis", afirmou Jucá.

PAULO BERNARDO

Jucá ainda comentou as suspeitas, reveladas em reportagem da revista "Época", de que Bernardo teria usado uma aeronave da empresa Sanches Tripoloni enquanto era ministro do Planejamento. A empresa recebe dinheiro do governo federal e tem obras no Paraná, Estado do ministro.

"Eu acho que cabe ao ministro Paulo Bernardo prestar todas as informações. Há um código de ética no governo que dita normas. Qualquer um que por acaso tenha explicações a dar, deve dá-las. Portanto, cabe ao ministro prestar os esclarecimentos", afirmou.

Em nota, Bernardo disse hoje que utilizou aeronaves de "várias empresas" no ano passado, mas que não se lembra os "prefixos e tipos, ou proprietários, dos aviões". Segundo ele, o uso das aeronaves ocorreu durante campanha eleitoral, "nos fins de semana, feriados e férias", e que o serviço foi pago.