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27/09/2011 - 18h18

PT quer CPI para apurar venda de emendas na Assembleia de SP

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DE SÃO PAULO

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo pediu uma CPI para investigar a denúncia feita pelo deputado estadual Roque Barbiere (PTB) de que deputados estaduais enriqueceram vendendo emendas parlamentares e fazendo lobby para empresas.

Para o líder do PT na Casa, deputado Enio Tatto, trata-se de um fato de extrema gravidade e que precisa ser esclarecido à opinião pública, o mais breve possível. "Embora estejamos participando e apoiando os trabalhos do Conselho de Ética da Assembleia, uma CPI dispõe de mais recursos jurídicos para apurar as denúncias."

Na avaliação da bancada, é necessário e se faz urgente apurar se houve desvios de finalidade ou tráfico de influência.

A acusação foi feita pelo deputado em depoimento dado ao jornal "Folha da Região" de Araçatuba no dia 10 de agosto.

Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" informou que o Ministério Público de São Paulo foi alertado da acusação no dia seguinte pelo vereador da Câmara de Araçatuba Dr. Nava (PSC).

Barbiere afirmou que de "25% a 30%" dos 94 deputados estaduais ganharam dinheiro vendendo emendas.

"Tem bastante fazendo isso. Não é a maioria. Mas tem um belo de um grupo que vive, sobrevive e enriquece fazendo isso", disse o deputado.

Na entrevista, Barbiere nega ter vendido emenda e diz que não citar nomes por não ser "dedo-duro".

"Não vou ser dedo-duro e não vou citar. Mas, existe ao meu lado, existe vizinho, vejo acontecer, falo para eles inclusive para parar. Aviso que se um dia vier a cassação do mandato deles, não vir me pedir o voto porque vou votar para cassá-los. Mas, não vou dedurar", disse o deputado, que faz parte da base aliada do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Ainda na entrevista, ele diz que até hoje só pediu votos para os prefeitos da região.

Na última sexta-feira, Barbiere reafirmou as acusações em entrevista a uma emissora de TV regional. Ele disse que alertou o governo sobre a prática e mostrou-se disposto a dar exemplos, em juízo.

O promotor Carlos Cardoso pediu abertura de inquérito para investigar o caso.

 

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