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28/10/2011 - 15h42

Sete crianças são resgatadas em trabalho degradante em SP

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DE RIBEIRÃO PRETO

Sete crianças, entre 7 e 15 anos, foram flagradas trabalhando em condições análogas à escravidão em uma plantação de tomate em São Carlos (232 km de São Paulo), em uma fiscalização ocorrida ontem (27). As informações são do Ministério Público do Trabalho.

Segundo informações da Procuradoria do Trabalho, também foram flagrados trabalhadores sem registro em carteira e alojamentos em condições inadequadas.

As crianças não recebiam nenhum salário e muitos trabalhavam por quase dez horas de trabalho ininterruptas. Pelas informações da Procuradoria, elas eram expostas diretamente aos agrotóxicos, porque não recebiam equipamentos de proteção individual. Uma das crianças admitiu aos fiscais ter passado mal ao inalar o veneno.

Os colhedores recebiam cerca de R$ 600 por mês em cheque pré-datado e eram obrigados a comprar em um supermercado indicado pelo fazendeiro.

Os seis alojamentos disponibilizados, precários, estavam lotados, com camas montadas de forma improvisada sobre caixas de tomate.

O dono da fazendeiro assinou hoje um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para que deixe de usar crianças na lavoura e que regularize a contratação de seus empregados.

Pelo acordo, o fazendeiro terá ainda de custear hospedagem, alimentação e transporte às famílias prejudicadas. A maioria dos trabalhadores rurais vem dos municípios de Itapeva e Guapiara.

Segundo a Procuradoria, é a terceira vez que o fazendeiro é flagrado submetendo crianças ao trabalho e colhedores em situação análoga à escravidão. Ele já havia assinado um TAC em 2009, pelas mesmas razões.

A Procuradoria vai comunicar as Promotorias de Infância e Juventude das cidades de origens das famílias para acompanhar a frequência escolar das crianças. A Folha não conseguiu localizar o fazendeiro.

 

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