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05/02/2012 - 02h05

Vilão de "2 Coelhos", Marat Descartes comenta filme; veja trailer

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MARIA LUÍSA BARSANELLI
DE SÃO PAULO

O ator Marat Descartes, 36, sempre morou em São Paulo. Nasceu na Vila Madalena e hoje mora próximo da Lapa. "Fui sendo expulsos pelos bares", brinca.

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Isadora Brant/Folhapress
O ator Marat Descartes, vilão do filme "2 Coelhos", de Afonso Poyart, em sua casa, em São Paulo
Ator Marat Descartes, que interpreta o chefe de uma quadrilha no filme "2 Coelhos", de Afonso Poyart, em sua casa, em São Paulo

Figura conhecida do teatro --sua última peça foi "Ligações Perigosas", com direção de Mauro Baptista Vedia, que teve temporada até o ano passado--, ele tem adentrado cada vez mais no mundo do cinema. Atuou em "Trabalhar Cansa", de Juliana Rojas e Marco Dutra, "Os Inquilinos", de Sergio Bianchi, "Estamos Juntos", de Toni Venturi, "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert, entre outros.

Agora, está em cartaz com o longa de ação "2 Coelhos", de Afonso Poyart, em que interpreta Máicon, chefe de uma quadrilha.

*

sãopaulo - Como foi o convite para o filme?
Marat - O Afonso [Poyart, diretor] conhecia meu trabalho no teatro e me convidou para uma leitura do texto. Ele estava procurando um naturalismo nas interpretações, queria atores que desrespeitassem o roteiro. Nessa leitura, já fizemos uma improvisação com a cena e acho que ele gostou.

O que o atraiu no projeto?
Além de fazer um vilão, que eu adoro, e de ser um filme inusitado, porque envolvia ação, tiros e explosões, o roteiro foi o que mais me atraiu. É uma história toda intrincada e que requer a atenção do espectador para que ele consiga montar o quebra-cabeça da trama.

Seu personagem, Máicon, é um vilão, mas há um humor nele.
Agora que já assisti bastante ao filme vejo que, na verdade, ele não é tão engraçado. É bastante perigoso, mas o fato de ele comandar um bando de patetas tornou a coisa mais leve. Não deixa de ser violento, mas não é tratado com a crueza de um "Cidade de Deus". Há uma leveza que torna o Máicon uma figura carismática, apesar de ser o chefe de uma quadrilha.

Lívia Rojas/Divulgação
Ator Marat Descartes em cena do filme "2 Coelhos", de Afonso Poyart, em que interpreta o vilão Máicon
Ator Marat Descartes em cena do filme "2 Coelhos", estreia do diretor Afonso Poyart, em que interpreta o vilão Máicon

Você fez bastante teatro e aos poucos foi entrando no cinema. Você pretende seguir com os filmes?
Eu estou morrendo de vontade de voltar para o teatro. "Ligações Perigosas" foi a última peça que fiz e já faz uns seis meses que acabou. E, para mim, isso é uma loucura, porque eu fiquei 20 anos fazendo uma peça atrás da outro. Acho que nunca passei mais de três meses longe dos palcos ou de ensaios. Mas estou curtindo o cinema e estou emendando um filme atrás do outro. Eu tenho já para este semestre "O Tempo e o Vento", de Jayme Monjardim, depois vou fazer um "road movie", "Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa", de Gustavo Galvão. E o Afonso já me convidou para o próximo filme dele, que vai rodar em agosto, sobre o lutador José Aldo (interpretado por Malvino Salvador).

Como foi fazer o filme em locais tipicamente paulistanos?
Foi muito divertido. A gente fez uma cena de tiroteio na praça Roosevelt um pouco antes de ela ser ser fechada para demolição. É quase um marco histórico. É muito inusitado pensar que algumas coisas, como a explosão de um carro no viaduto do Glicério ou uma perseguição no meio da Consolação, pudessem acontecer.

Como você vê a violência na cidade, você se sente seguro?
Até tenho motivos para temer. Uma vez fizeram um arrastão no prédio da minha mãe e minha filha estava lá. Entrei de carro, já veio um revólver na minha cabeça e começaram a me ameaçar e dizer que iriam pegar minha filha. Um terror. Já tive dois carros roubados e tenho um irmão que sofreu sequestro-relâmpago e se mudou para Vinhedo (no interior do Estado de São Paulo). Mas eu não tenho medo, engraçado. Minha casa não tem grades na janela, não tenho muito esse pânico. Se não acho que a gente não consegue viver.

O que você acha da produção cinematográfica na cidade e que lugares você acredita que ainda faltam serem retratados?
Acho que tem lugares nem tão urbanos muito próximos de São Paulo, como a Serra da Cantareira que são muito interessantes e não parecem a cidade. Outro dia fui comprar espuma para o meu estúdio em Cotia. Eu estava na rodovia Raposo Tavares, virei no quilômetro 36 e já vi eucalíptos. Falei: 'gente, onde eu estou?'.

Informe-se sobre o filme "2 Coelhos"

Assista ao trailer de "2 Coelhos":

Vídeo

 

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