Na trilha gringa

CURUMIN
Virar trilha não é novidade para o músico, que já embalou propaganda de tênis e cerveja com suas criações. Desta vez, quase não soube que sua "Caixa Preta" (parceria com amigos) foi usada em um episódio da série "CSI:NY".

Você acompanhou a seleção da música para a série?
Não. O disco foi lançado nos EUA, acho que eles fizeram contato com a gravadora, a YB. Só fiquei sabendo depois que já tinha passado na TV. Mas não sou muito do universo do sitcom.

Por que acha que escolheram essa composição?
É uma música que tem agressividade. Fala de coisas obscuras, que rolam por baixo dos panos. Dessa impressão de que você nunca sabe a verdade. Deve ter a ver com o seriado.

Esse tipo de divulgação dá retorno financeiro?

Não dá, mas é meio que um acordo, uma lei de oferta e procura. Muita gente quer colocar a música num seriado de grande visibilidade, então vira preço de banana. Mas todo mundo fala: "Te vi lá". O pagamento é de outro jeito.

Que trilha representaria o sucesso pra você?
Vou me realizar quando fizer um dueto com o Animal, dos Muppets. Vai ser meu auge.

TULIPA RUIZ
Com seu primeiro disco, "Efêmera", a cantora caiu no gosto de um público indie que gosta de música sensível. Mas pode conquistar fãs menos fofos agora que a faixa-título do CD foi escalada como tema do game "Fifa Soccer 11".

Você sabe por que escolheram a sua música?

Não. É a gravadora quem cuida disso. Mas a trilha toda é bem maluca. Tem Charlotte Gainsbourg, Massive Attack, Gorillaz... Dá a impressão de que a escolha é randômica.

O que a sua música tem a ver com o game?

Pensando como um bonequinho em um game, com "Efêmera" me conduzindo, acho que tem a ver com superação. Não pela letra, mas pela sonoridade. Até porque a poesia só os brasileiros vão perceber.

Já ouviu a música no jogo?

Não. Inclusive, estou pensando em comprar um PlayStation. Antes mesmo de lançarem, um amigo meu me ligou para dizer que tinha comprado o game pirata e adorado a música.

De que outra trilha gostaria de participar?

Queria ver uma música minha ser tema de novela das oito. De um vilão do Manoel Carlos.

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PIZZA, BEBÊ E MEDITAÇÃO
Atração da primeira edição paulistana da festa Cream (grife gringa que promove o festival Creamfields), a banda inglesa Faithless chega cheia de vontades. Exigiu, no menu do camarim, sopa para antes do show e pizza para depois. O vocalista Maxi Jazz pediu ainda uma sala de meditação aquecida e outra com isolamento acústico, para o caso de trazer junto com ele seu bebê e a babá. A balada rola na quarta, na WareHouse, na Vila Leopoldina, e tem ainda o DJ Laidback Luke.

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PUNK SAMBA ROCK
Depois de fazer show com sua banda no clássico reduto do pagode Carioca Club, na semana passada, Marky Ramone é o convidado especial da festa Six Degrees desta terça no clube Lions. No comando dos pick-ups, o ex-baterista dos Ramones promete tocar James Brown e Duffy, além do kit básico Ramones & Sex Pistols. Marky avisa que música eletrônica passa longe de seu set.

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PRETA, PRETA, PRETINHA
Uma exposição de 80 Barbies "afrodescendentes" vai ser destaque da Feira Preta, evento focado na cultura negra, que acontece em dezembro, no Centro de Exposições Imigrantes. Além de shows de grupos como Quinteto em Branco e Preto e teatro com a Cia. Os Crespos, a feira traz agências de turismo voltadas para o "mercado étnico".

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INQUILINOS E ZUMBIS
Vencedor do Oscar de melhor curta-metragem deste ano, "Os Novos Inquilinos" vai ser exibido pela primeira vez no país no Festival Mix Brasil de Cinema, no dia 18, no Cine Olido. Outra atração é a presença do ator François Sagat, estrela do filme de zumbis gays "L.A. Zombie", censurado no Festival de Melbourne.