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Serafina

Criador de relógios suíços de luxo não tolera atrasados

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Há algumas boas décadas, o chefe de Kurt Klaus avisou que, a partir daquele dia, seus funcionários teriam de se preocupar com a aparência. "Você parece o Einstein", disse ao relojoeiro suíço de madeixas longas e descabeladas. No dia seguinte, Kurt tosou o cabelo. Mas o apelido acabou pegando.

Ser chamado de "Einstein dos relógios" era uma piada, mas hoje o título é atribuído à habilidade do relojoeiro, que passou mais de 40 anos inventando novos mecanismos para as peças de luxo da marca suíça IWC. A grife de 144 anos abre sua primeira loja na América do Sul em abril, no shopping JK, em São Paulo.

São 14h11 da tarde no Brasil, 18h11 na Suíça, informa Kurt de seu escritório na cidade de Schaffhausen. Ele se aposentou da criação, mas supervisiona o trabalho das novas gerações e virou porta-voz e garoto-propaganda da empresa.

Divulgação
Kurt Klaus, o Einstein dos relógios não gosta de atrasados
Kurt Klaus, o Einstein dos relógios não gosta de atrasados

Decidiu estudar relojoaria aos 16 anos porque, ao contrário da maioria das pessoas, "sempre sonhou em fazer algo pequeno". Ficou conhecido pelas invencionices. Começou a criar seus próprios modelos nos anos 1970, uma época de crise para os relógios mecânicos, ameaçados pela popularização dos relógios de quartzo.

Kurt acredita que, assim como sobreviveu àquela crise, a alta relojoaria vai resistir também à atual e a futuras crises econômicas. Nem o celular o ameaça. "Ainda não inventaram nada mais prático do que olhar as horas no pulso".

O fascínio também tem a ver com um impulso masculino reprimido, brinca Kurt. "Como não usam diamantes, os homens querem usar relógios bonitos. São como joias."

O preço das peças da IWC varia de 5.000 euros (R$ 11.800) a 100 mil euros (R$ 236.200). Mas uma novidade da grife, o Siderale Scafusia, um relógio astronômico que mede a posição das estrelas, o nascer e o pôr do sol, chega a R$ 1.460.250. Só cinco a dez peças serão fabricadas por ano.

Os eventos da marca costumam reunir celebridades como a atriz Cate Blanchett, o ex-jogador de futebol Zidane e a modelo brasileira Adriana Lima. Kurt garante que essas pessoas realmente gostam dos modelos chiques da grife e "não estão ali só pelo cachê".

Um dos relojoeiros mais famosos do mundo não sabe quantas peças tem. "Devem ser umas cinco ou seis. A maioria são protótipos de modelos desenhados por mim. Sou um criador, não um colecionador."

Passar a vida controlando o tempo trouxe vantagens e desvantagens. Ele diz que nunca se atrasou para um compromisso. E só perde a calma quando alguém perde a hora.

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