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Badalado cozinheiro da África do Sul trocou o serrote por facas de cozinha

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Peter Tempelhoff, 41, começou a vida sendo carpinteiro. Com quase dois metros de altura, tem porte de quem aguenta serviço pesado. Mora nas montanhas da Cidade do Cabo, região vinícola próspera na África do Sul, e não sai de casa sem sua bota de trekking.

Mas trocou o interesse que tinha pela madeira pelos frutos das árvores. E inventou pequenas maravilhas, como o minijardim no vaso de cerâmica, com cenourinhas enfiadas em terra comestível, feita de cacau. Ou o pirulito de queijo de cabra revestido de gelatina de tomate.

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Receitas como essas, supersaborosas e lindamente apresentadas, saem da cozinha de The Greenhouse, eleito em novembro passado como o restaurante do ano da África do Sul pela revista "Eat Out". A meia hora do centro da Cidade do Cabo, fica dentro do hotel The Cellars-Hohenort, em Constantia.

Rogério Voltan/Divulgação
Peter Tempelhoff comanda a cozinha de The Greenhouse, eleito em 2011 o restaurante do ano da África do Sul
Peter Tempelhoff comanda a cozinha de The Greenhouse, eleito em 2011 o restaurante do ano da África do Sul

Responsável também pelas cozinhas de outros dois hotéis nas redondezas da Cidade do Cabo, Peter ainda recebeu, no fim do ano passado, o título de "Grand Chef Relais & Château". A premiação condecora 160 cozinheiros entre os 518 endereços da rede de luxo, incluindo grifes como o londrino Heston Blumenthal (do restaurante The Fat Duck), a francesa Anne-Sophie Pic (do Maison Pic) e o americano Thomas Keller (do Per Se).

Mas ele não parece enfeitiçado pelo mundo da alta gastronomia. Está mais preocupado com o bebê de dois meses que deixou em casa, seu terceiro filho. Foi, inclusive, por causa do mais velho, Jason, hoje com seis anos, que largou a vida em Londres. Queria ficar perto da família, que já estava na África.

A experiência fora de seu país lhe rendeu uma enciclopédia de sabores. Seu menu tem pimenta jalapeño, wasabi e cumaru (fava encontrada no Amazonas e no norte da América do Sul). O caldo ponzu, da cozinha japonesa, vai à mesa em forma de neve feita com nitrogênio, num dos pratos do menu-degustação, que varia de R$ 125 a R$ 220. Entre os ingredientes locais, tem carne de springbok (um tipo de antílope), madumbi (um tubérculo) e buchu (erva similar à hortelã).

GARÇOM

Nascido em Durban, extremo leste do país, Peter estudou culinária na Cidade do Cabo. Mas seu primeiro emprego no ramo aconteceu em Londres, ao lado do inglês Marco Pierre White.
Sete anos de Inglaterra e alguns restaurantes depois, voltou para a Cidade do Cabo em 2006, cheio de referências. "Admiro a cultura do ingrediente de René Redzepi [dinamarquês número um do mundo, segundo a revista 'Restaurant'], a elegância dos pratos de Daniel Humm [suíço que fez fama em Nova York] e o jeito brincalhão do inglês Heston Blumenthal."

Inspirado pelos grandes, e numa boa fase na carreira, poderia querer abrir o seu próprio negócio. "Mas nunca conseguiria ter um lugar como esse. Estou feliz com minha liberdade, sem o estresse de ser o dono."

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