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Serafina

Brasileira radicada em Paris cria linha de delineadores adesivos

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Uma busca no Google com as palavras "passar" e "delineador" leva a 529 mil resultados. "Como aplicar o delineador sem drama" e "Guia definitivo do delineador" são títulos que gritam em milhares de blogs e tutoriais de beleza.

A maquiadora brasileira Mily Serebrenick, 42, radicada em Paris há nove anos, sabe como traçar "sem drama" o risco em cima dos olhos. Todos os dias, porém, ao sair de casa, retira dois adesivos de uma cartela e gruda nas pálpebras.

Mastrangelo Reino
A visagista brasileira Mily Serebrenik (foto), em sua casa em Paris, França
A visagista brasileira Mily Serebrenik (foto), em sua casa em Paris, França

A ideia dos delineadores colantes surgiu no ano passado. Mily foi convidada a criar uma maquiagem que pudesse ser usada em festas ao redor do mundo. O projeto não foi adiante e ela decidiu desenvolver o protótipo por conta própria. "Achei uma fábrica na Alemanha que faz os adesivos com material de uso médico. É antialérgico e reutilizável", conta.

A primeira ideia foi a mais ousada –o Mily Eyeflashes, com até cinco riscos pretos, um em cima do outro. "Levei os produtos para o Bon Marché [loja de departamentos de Paris]. Gostaram, mas me disseram que não tinham clientes para aquele tipo de maquiagem. E me pediram um delineador básico."

Meses depois, ela entregou a encomenda. Hoje, as cartelas com adesivos pretos ou coloridos estão à venda na loja francesa, por 22 euros (R$ 59), e na Selfridges, de Londres, por 18 libras (R$ 58). "Achava que todo mundo sabia fazer o traçado do delineador. Mas descobri que não e, desde que criei os adesivos, me dei conta de como é mais fácil para tirar e por."

Atualmente, Mily desenvolve novos produtos para grandes empresas e está prestes a assinar um contrato com uma grife de cosméticos francesa que quer comercializar os colantes. A primeira criação da paulistana, que já morou em Nova York, Londres e Berlim, foram cílios de papel. Isso, no começo dos anos 1990, quando trabalhou na MTV brasileira.

Ela, que começou a cortar cabelos dos amigos aos 14, cuidava das madeixas dos VJs até o dia em que precisou substituir uma maquiadora. Aprendeu tudo sozinha e virou chefe do departamento de caracterização.

Sua escolha profissional não agradou muito a família no começo. "Trabalhei em um salão, em SP. Algumas tias iam e ficavam assustadas em me ver ali", lembra. "O trabalho técnico ainda é visto com muito preconceito no Brasil."

Quando morava em Berlim, percebeu como o trabalho de maquiadora era valorizado. Chegou a fazer o look da inglesa Tilda Swinton no festival de cinema da cidade, a pedido da atriz. Tilda viu um "book" de Mily e gostou da maquiagem ousada, com a sombra fazendo uma faixa em cima dos olhos.

"Gosto de coisas grandes, maquiagem, acessórios", diz ela, que não curte o visual muito limpo das mulheres do Brasil. "A brasileira sempre optou pela plástica, mas está começando a descobrir a maquiagem."

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