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Serafina

Dirigida por Spielberg, Sally Field concorre ao Globo de Ouro como mulher de Lincoln

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Não é sempre que se ouve um elogio espontâneo em Hollywood, ao menos fora dos agradecimentos de praxe no Oscar. Então, quando Anne Hathaway solta: "Quero ver mais Sally Field no cinema! Por onde ela andava?", é inevitável prestar atenção.

A própria Sally, vencedora de dois Oscar ("Norma Rae" em 1980 e "Um Lugar no Coração" em 1985) não consegue responder. "Não sei! Em meus 50 anos de carreira, nunca sei o que vou fazer em seguida. Sempre foi difícil para mim!", me diz a atriz, em Nova York.

Depois de anos fazendo TV, como o seriado "Brothers & Sisters", ela está de volta ao cinema em grande estilo, colecionando elogios como a primeira-dama Mary Todd (1818-1882) em "Lincoln", de Steven Spielberg, que chega ao Brasil em 25/1.

Mas Sally levou meses para convencer o diretor de que poderia interpretar a personagem, uma mulher famosa pela instabilidade –e por ter 11 anos a mais que os 55 de seu companheiro de cena, Daniel Day-Lewis. A insistência valeu a pena: Sally foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante ("Lincoln" lidera as indicações e concorre em sete categorias).

"Sem Mary Todd, não haveria Abraham Lincoln", diz, enfaticamente.

Roberto D'Este
Sally Field (foto) vive Mary Todd, mulher do presidente americano Abraham Lincoln; novo filme de Steven Spielberg terá Daniel Day-Lewis no papel principal
Com direção de Spielberg, Sally Field (foto) vive Mary Todd, mulher do presidente americano Abraham Lincoln

"Ela era extremamente educada para uma mulher da época, muito inteligente. Veio de uma família poderosa do sul, foi criada em meio a políticos e sentava-se à mesa com eles, ouvia e falava. Tinha personalidade."

Tanta que criticava o marido abertamente por se vestir mal, usar gírias demais e contar piadas o tempo inteiro. "Era o seu lado emocional", conta.

"Diziam que ele demonstrava o mínimo de emoção. E sobre ela, falam que sempre mostrava cada sentimento que sentiu em seu rosto. Devia ser enlouquecedor!", completa.

Entre as críticas à primeira-dama estava gastar dinheiro demais para tornar a Casa Branca uma residência grandiosa. Sally a defende: "Precisavam demonizá-la para transformar Lincoln num santo".

A atriz acha que o 16º presidente norte-americano, nascido em 1809 e assassinado em 1865, famoso por colocar fim à escravidão com uma emenda constitucional, é tão popular hoje em dia porque os paralelos com sua época, meados do século 19, são evidentes.

"Para salvar a democracia, você precisa lutar pelos direitos humanos em todos os níveis", afirma a atriz, ativista pelos direitos dos homossexuais.

"E neste país estamos entrincheirados em ideologias, as pessoas são incapazes de ver o panorama completo. É isso o que o filme mostra."

Em sua opinião, porém, Lincoln sabia que a democracia era assim. "Ele esperava que houvesse luta para sempre. A democracia é bagunçada, complicada, mas vale a pena."

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