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Serafina

Roupas de fim de ano seguem apenas uma tendência; ficar bonita

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Dezembro é mês de festa. Natal, Ano-Novo, formaturas, baladinha "da firma" etc. A indústria da moda comemora: a roupa festiva é, ao lado dos vestidos de noiva, um dos nichos que mais cresce no mercado.

Coquetel, "black tie" ou traje passeio, não importa o "dress code". A palavra-chave das moças em busca de um modelo de festa é só uma: bonita.

Conceito não tem vez nessa hora. Para o inferno com as tendências: o que elas querem é arrasar com a tacinha na mão e sair belas nas fotos.

A expressão para definir esse "look", calculado para atrair olhares, é "roupa de bonita". Também vale para maquiagem, que vira "make de bonita".

Mas de que beleza estamos falando? É possível admirar uma roupa cheia de estranhezas, como as criações da Comme des Garçons, para dar um exemplo óbvio. Porém, quando o assunto é roupa de bonita, os exercícios de construção dos maiores estilistas do mundo não valem nada.

A regra da roupa de bonita é clara. Nada de volumes esquisitos. Nem ornamentos bizarros. Muito menos comprimentos que achatam. São bem-vindos vestidos que alongam e emagrecem, estilo diva do "red carpet", belos decotes, cinturas marcadas, saltos altos.

Algumas grifes que não estão nas semanas de moda entenderam essa demanda e estão se dando bem. Patrícia Bonaldi, Lethicia Bronstein e Barbara Bela estão entre as preferidas das festeiras que podem desembolsar algo em torno de R$ 3.000 por um modelito bordado, ajustado e feito para arrasar.

As clientes dessas marcas são atrizes globais de primeiro time e socialites. Gente que também consome importados, mas que encontrou nessas grifes um tipo de produto nacional adequado às necessidades das... "bonitistas"!

Interessante notar que nenhuma delas é de São Paulo. Lethicia é carioca. Patricia e as meninas da Barbara Bela, mineiras. Minas, aliás, tem um caso de amor com a roupa das bonitas. O segredo, ao que parece, está na capacidade de enfeitar os modelos segundo a expectativas das clientes.

Sim, porque, em geral, a roupa que uma "linda" procura não é minimalista. A não ser que ela tenha um set de joias de rainha na manga. Do contrário, paetês, perolazinhas, renda e outros babadinhos são bem-vindos. Os minivestidos com ornamentos que misturam brilho e romance são hits absolutos. Os longos esvoaçantes e com efeito moça esbelta, idem.

A roupa de bonita, assim descrita, pode parecer careta. Talvez seja, para quem acha que o espírito "fashion" só se manifesta em termos de Lady Gaga ou da editora de moda italiana Anna Dello Russo, da "Vogue".

O fato é que se trata de um tipo de "look" que funciona para quase todo tipo de festa. Mas, acima disso, a roupa de bonita é um imã de olhares de cobiça, luxúria e inveja, elementos tão essenciais no jogo da moda quanto agulha e linha.

Ilustração: Caco Neves
Para o inferno com conceitos e tendências; as ropuas do fim do ano seguem apenas uma regra: deixar as moças lindas
Para o inferno com tendências; ropuas do fim do ano seguem apenas uma regra: deixar as moças lindas
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