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Serafina

Branca de Neve é o nome quente do Oscar de melhor figurino

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Branca de Neve é o nome quente do Oscar de melhor figurino. A personagem é o tema central de dois filmes indicados ao prêmio nessa categoria: "Espelho, Espelho Meu" e "Branca de Neve e o Caçador".

Talvez nenhum dos dois leve a estatueta, mas o resgate da branquinha de boca vermelha vale uma espiada mais atenta.
"Espelho, Espelho Meu" tem figurino da fera japonesa Eiko Ishioka, que morreu no ano passado. A estética é uma mistura do pop "japa" com a visão colorida do diretor indiano Tarsem Singh.

"Branca de Neve e o Caçador" vai na direção oposta. Com a musa vampiresca Kristen Stewart no papel da heroína, o visual gótico das roupas é assinado pela multipremiada Colleen Atwood (um de seus três Oscars foi por "Alice no País das Maravilhas", de Tim Burton, de 2010).

No primeiro filme, Branca de Neve (a novata Lily Collins) é a personificação da virgem, com seu vestido azul-pureza. Quando conhece o príncipe, no entanto, aparece com uma fantasia de cisne, um símbolo clássico de transformação, inclusive sexual.

A rainha má é interpretada por Julia Roberts. Uma "comedora" assumida, com looks tom de pele e vermelhos. Vaidosa, esbanjadora e cheia de luxúria.

Já em "Branca de Neve e o Caçador", a mocinha é meio Joana D'Arc, e o caçador da história ""aquele enviado pela rainha má para matar a rival "mais bela" do que ela"" toma o lugar do príncipe. Ele é quem ensina a heroína a se defender e a lutar por seu trono.

A madrasta, interpretada por Charlize Theron, brilha luxuosa à base de ouro.
Os dois filmes fazem parte de uma tendência de mercado que busca resgatar os contos de fadas. Trata-se de um recurso que a moda, a TV e o cinema usam de tempos em tempos.

ERA UMA VEZ

Basta observar as novas princesas dos desfiles mais recentes da Dior ou seriados como "Once Upon a Time", que reinventa e atualiza histórias clássicas pesando a mão na estética gótico pop.

"Espelho, Espelho Meu" está mais para Dior, para princesinhas belas e doces. Em certas partes do filme, Lilly aparece penteada e vestida como uma nova Audrey Hepburn, musa de um certo tipo de luxo.

"Branca de Neve e o Caçador" vai na onda do "dark" fantástico, que apareceu, por exemplo, no desfile Chanel na semana de alta-costura.
Ambas as histórias deixaram de aproveitar um dos elementos mais fantásticos do conto original alemão, registrado pelos irmãos Grimm.

No final, a madrasta é derrubada por... um par de sapatos! Depois de assistir ao casamento de Branca com o príncipe, a rainha tem um encontro bizarro com um par de botas de metal incandescente.

Numa das interpretações, ela tropeça e cai dentro das botas. Em outra, é obrigada a vesti-las como castigo. Os sapatos mágicos se solidificam nas pernas da malvada e a obrigam a dançar até morrer.

É a materialização perfeita da busca sem limites pela satisfação (mais beleza, mais poder, mais luxo etc.) que define o personagem da rainha. Isso é que é ficar no salto até tombar, amiga...

Thais Graciott
Colagem Thais Graciotti
Colagem Thais Graciotti
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