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'Papa da discrição', arquiteto inglês desenha novo hotel em Miami

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Miami é conhecida como a terra do excesso, da moda à arquitetura, onde a elegância não tem como competir com a ostentação.

Surpreendentemente, um dos projetos imobiliários mais comentados da cidade, a ser inaugurado em abril do ano que vem, saiu da prancheta do papa do minimalismo e da
discrição, o arquiteto britânico John Pawson, 63.

Ele foi contratado pelo americano Ian Schrager, um dos fundadores da boate Studio 54, em Nova York, e do hotel Delano, em Miami (desenhado pelo francês Philippe Starck), para dar cara ao novo hotel Edition e construir 26 residências anexas, com preços variando entre R$ 6 milhões e R$ 35 milhões cada uma.

Pawson é diplomático ao falar dos excessos de Miami. "Parte da energia da cidade vem dessa mistura de estilos, tem lugar para tudo. O que me interessa em Miami Beach é a luz, extraordinária. Pensei muito em como transformar esses apartamentos em contêiners de luz", disse à Serafina.

O britânico é tão, mas tão minimalista, que já teve um projeto para um mosteiro recusado por religiosos por ser "austero" demais. Mas fez fama com suas obras de branco absoluto e pouquíssimos detalhes, retratadas pelo livro "Minimal", clássico entre os livros de arquitetura, lançado pela editora britânica Phaidon, especializada em arquitetura, fotografia e design.

Pawson diz que a preocupação com a simplicidade tem sido constante ao longo da história. "Há momentos que o gosto pela simplicidade é quase "mainstream", mas aí o pêndulo vai para o outro lado. Eu já vi vários desses ciclos", comenta.

"O minimalismo nunca vai agradar todo mundo, mas acredito que sempre haverá busca pelas características de uma arquitetura mais quieta".

O arquiteto, que começou a fazer sucesso comercial nos anos 1980 ao desenhar as lojas do estilista Calvin Klein em Nova York, teve seu primeiro contato com o Brasil em 1976, quando visitou Manaus e Brasília.

"Fiquei espantado pela escala de Brasília, é tão raro um arquiteto poder desenhar uma cidade inteira", lembra. "Quando Niemeyer ganhou o [prêmio] Pritzker (considerado o Oscar da arquitetura), o júri disse que há um momento na história de uma nação em que um único indivíduo captura a essência da cultura e lhe dá forma. Foi o que eu vi lá".

O britânico já visitou várias vezes o Brasil, conhece Rio, São Paulo e Paraty. Entre os brasileiros contemporâneos, cita o paulistano Isay Weinfeld como "um amigo, um par, um apoio".

Questionado sobre o que é fundamental em uma casa, ele responde: "a atmosfera". "Conforto não é uma poltrona fácil, é um estado de calma, quando o corpo, o olhar e a mente estão em condição de relaxamento. Quero algo que encaixe com meu modo de vida, com apenas o necessário para se viver e nada mais, onde família e amigos compartilhem o sentimento de se sentir em casa".

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