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Serafina

Governos prestam auxílio à moda como produto cultural, mas é preciso mudanças

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E o grande assunto da temporada de moda brasileira é o "abraçaço" dos governos (municipais, estaduais e federal) com a moda. O que, trocando em miúdos, significa que, num futuro breve, o dinheiro público poderá ter importância significativa nesse mercado.

Discussões sobre como incluir a moda na Lei Rouanet já estão rolando em Brasília. A Prefeitura do Rio de Janeiro criou um conselho de moda e o Estado, um programa para apoiar grifes que vendam a imagem da "cidade maravilhosa" para o exterior.

Ilustração Zé Vicente
Governos já prestam auxílio à moda como se fosse um produto cultural, mas mudanças terão de ocorrer
Governos já prestam auxílio à moda como se fosse um produto cultural, mas mudanças terão de ocorrer

Ainda não se sabe de que maneira, quando e como a verba pública entrará na jogada. Há muita burocracia e estratégia envolvidas. Mas a pergunta que não quer calar é outra, que deve ser feita, necessariamente, antes de qualquer um botar a mão nas cifras.

Mas, antes da pergunta, uma breve consideração: a moda é um grande negócio. Questão de indústria, economia, desenvolvimento. Há discussões sobre políticas específicas para o setor espalhadas por vários ministérios, secretarias, comissões etc.

Que se ajude a moda como indústria é mais fácil de compreender, explicações econômicas dão conta da resposta.

Mas o recorte mais delicado é o da cultura. A moda foi reconhecida pelo governo federal como parte do que se chama de cultura e, de fato, o é.

À pergunta, então. Para que dinheiro? "Para promover a moda como cultura" é a resposta inicial que está na ponta da língua dos agitadores culturais, esse grupo tão interessante e, no conjunto, tão poderoso.

Mas qual é o sentido do auxílio público a desfiles, por exemplo?

INVENÇÃO

Os jornalistas e críticos de moda andam reclamando, com razão, de que os desfiles das grandes semanas de moda estão cada vez mais focados nas vendas.

E o que isso significa? Que a roupa é apresentada como num "showroom". E que o produto não tem muito compromisso com a invenção. Se o papo é transformar a moda em produto cultural público, mudanças terão de ocorrer.

Discussões sobre moda estão por toda parte: as tendências das novelas, o estilo da periferia apropriado por grandes marcas, a roupa como status e índice de preconceito, luxo x desigualdade social.

É preciso considerar como essas discussões, ao menos as mais relevantes, podem ser levadas para as semanas de moda e para outros eventos.
É um momento importante para o setor. Resta brigar para que as novas propostas realmente apontem para uma mudança de pensamento e deixem para trás essa modinha superfaturada.

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