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Serafina

Multitalentoso Cadão Volpato faz mapa da trajetória de seu primeiro romance

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Escrever um romance é entrar pela porta da frente da literatura. Você pode escrever um lindo livro de contos ou de poemas e será lido, com sorte, por umas 500 pessoas. Mas escrever um primeiro romance abre essa porta com mais facilidade –ainda que você seja lido pelos mesmos 500 suspeitos de sempre.

Grandes contistas não publicaram romances: o russo Tchékhov (1860-1904), o argentino Borges (1899-1986). Mas eles são exceções. Já escrevi quatro livros de contos, mas são modestos, não dão um romance.

Por isso, resolvi reinaugurar minha assim chamada vida literária escrevendo "Pessoas que Passam pelos Sonhos" (Cosac Naify), meu primeiro romance.

Fala da amizade entre um arquiteto brasileiro, chamado Rivoli, e um motorista de táxi argentino, chamado Tortoni. É sobre homens distraídos. E também sobre ser jovem entre 1969 e 1979.

A América do Sul parecia uma coisa meio cafona para o militante trotskista que fui nos anos 1970. Era o poncho e o bumbo de Mercedes Sosa.

E, então, anos depois, eu me vejo escrevendo um livro que passeia por várias cidades dessa parte do continente, extraindo delas paisagens e pessoas tristes e fantasmagóricas.

Também fui buscar lá no fundo da memória uma música que ouvi nos meus tempos de estudante e que nunca mais esqueci. Era a "Canción para Mi Muerte", de Charly Garcia, composta bem no tempo em que se passa minha história. Justo eu, que abominava o rock argentino.

Fiz o desenho aí ao lado para representar os caminhos e os elementos principais desse romance, como se um autor de quadrinhos o tivesse escrito. "Pessoas que Passam pelos Sonhos" acabou com mais de 300 páginas. Quem diria, meu primeiro romance vai parar em pé na estante.

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