Serafina
Hiperativo, ator gaúcho Rodrigo Pandolfo faz cinema, teatro e TV
Assistir a um filme com o ator gaúcho Rodrigo Pandolfo no elenco é garantia de déjà-vu. Você tem a certeza de que o conhece de algum lugar.
Pode ser que se lembre dele como o Beto, de "Faroeste Caboclo", o garoto de óculos, viciado em cocaína, da gangue do traficante Jeremias. Ou como o manipulador Alex, da minissérie "A Menina Sem Qualidades", dirigida por Felipe Hirsch na MTV.
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Os noveleiros de plantão não terão problemas em reconhecê-lo como o intérprete do advogado Humberto Jordão, de "Cheias de Charme".
Os mais desligados ficarão com a dúvida no ar: onde foi que vi esse garoto? Daqui a pouco, ninguém mais terá esse problema. Rodrigo Pandolfo, 28, parece ser o ator mais ocupado da sua geração.
Ele está em cartaz no filme "Minha Mãe é uma Peça", inspirado no monólogo de Paulo Gustavo. E, em seguida, estreia o longa "O Concurso" (dia 19 de julho), ao lado de Danton Mello, Fábio Porchat e Sabrina Sato.
A decisão de virar ator veio aos 13 anos, depois de assistir, por acaso, a uma encenação em sua escola, no meio de um show de talentos. A peça era "O Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente.
"Eu nem sabia que existia o grupo de teatro, mas aquilo foi muito forte para mim, fiquei impressionado", conta Rodrigo, que nunca encenou o texto do dramaturgo português.
Formado em artes cênicas pela UniverCidade, no Rio de Janeiro, Rodrigo começou a carreira no teatro e ganhou reconhecimento no meio. Duas vezes finalista do Prêmio Shell pelos trabalhos nas peças "O Despertar da Primavera" e "Cine-Teatro Limite", o ator ganhou elogios de nomes importantes como o ator Sérgio Britto, morto em 2011, e a crítica Barbara Heliodora.
Rodrigo vem se destacando especialmente em papéis em que interpreta adolescentes problemáticos.
VEJA TRABALHOS DE RODRIGO PANDOLFO
No musical "O Despertar da Primavera", ele era Moritz, um estudante sexualmente confuso e suicida. No novo filme de Matheus Souza, "Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida" (estreia prevista para agosto), Rodrigo faz par com Clarice Falcão, em uma história sobre jovens sem rumo. Já na peça "R&J", o ator vive Julieta, a do Romeu, em uma versão do clássico.
"Eu me identifico com personagens complicados", diz Rodrigo. O lado selvagem do filho pegou a mãe, Lúcia, de surpresa. "O Rodrigo sempre tirava nove, dez. Todos os professores gostavam dele", diz. "Sempre foi um menino muito centrado, nunca aprontou confusão", conta a progenitora do aluno modelo.
Mas a efervescência e a insegurança adolescentes aparecem em Rodrigo quando ele fala sobre a sua profissão.
"É um trabalho capaz de enlouquecer, às vezes me dá muito medo", diz. "Ao mesmo tempo em que o reconhecimento em grande escala é ótimo, ele causa uma 'desestrutura', potencializa um Rodrigo de mentira, que não é o ator, é o cara que aparece na televisão."
"A cada início de trabalho, eu penso se é isso o que eu realmente quero fazer a minha vida inteira", afirma. Talvez Rodrigo não saiba exatamente o que está fazendo com a sua vida, mas isso não tem impedido que ele continue fazendo o que sempre fez. E bem.
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