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Serafina

Ator pornô estrela filme com Lindsay Lohan e conquista adolescentes

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Filho de engenheiros da Nasa, o americano Bryan Sevilla nunca sonhou em ser astronauta nem em conhecer o espaço. Desde pequeno, quando folheou uma edição da revista pornográfica "Hustler", Bryan sempre soube que queria ser ator de filmes pornôs.

Sem ligar para a qualidade do roteiro ou o profissionalismo da produção, a única exigência de Bryan sempre foi não contracenar com outros homens "nem com palhaços, eles me assustam demais".

Bryan usou o pseudônimo de James Deen para realizar seu sonho. O apelido é uma referência ao ator americano James Dean (1931-1955), com quem Bryan era comparado no colégio por causa do jeito que fumava.

Hoje um dos nomes masculinos mais conhecidos da indústria pornô americana, Deen trabalha cerca de 360 dias por ano e, aos 27 anos, já estrelou mais de 1.400 filmes adultos. "É o melhor trabalho do mundo", diz o ator. "Quero fazer isso a minha vida inteira."

O grande diferencial de James em relação a outros atores pornôs não se mede em centímetros (mas, já que estamos no assunto, a medida do seu, digamos, membro gira em torno de 20 cm). Magrelo, simpático e bem-humorado, o ator é vendido na indústria como um cara normal, que uma mulher poderia conhecer em um supermercado, sala de cinema ou curso de ioga. A propaganda funcionou e Deen começou a fazer sucesso com mulheres que nem curtiam pornô e até com adolescentes.

"Quer fazer pornô? Pegue uma cadeira, sente no meio de uma sala na frente de 20 amigos e comece a se masturbar. Se você conseguir fazer isso por uma hora e terminar na hora em que alguém mandar, está pronto para ser ator pornô", disse a ex-atriz e diretora de filmes adultos Jenna Jameson, a "Rainha do Pornô", em entrevista para uma estação de rádio americana, em 2003.

Deen, então com 17 anos, estava escutando. "Comecei a ir a festas e a transar com garotas na frente das pessoas", diz o ator. Vocação comprovada, propaganda feita, a transição para o profissionalismo aconteceu como algo natural.

No ano passado, Deen foi escalado para a sua primeira atuação em um filme tradicional –cheio de sexo, mas nada comparado ao que ele faz usualmente. "The Canyons" (ainda sem título em português, estreia nos EUA no dia 2 de agosto) foi dirigido por Paul Schrader, roteirista dos clássicos "Táxi Driver" (1976) e "A Última Tentação de Cristo" (1988).

O filme é um thriller que conta a história do triângulo amoroso entre Christian (James Deen), um produtor de Hollywood maluco e violento, sua namorada submissa, Tara, e um ator bonitão e pouco inteligente (o canadense Nolan Gerard Funk, de "Glee"). O roteirista é o escritor Bret Easton Ellis, de "Psicopata Americano" (2000).

Com orçamento reduzido e sem uma grande produtora por trás do projeto, o filme poderia passar despercebido não fosse por um detalhe: Lindsay Lohan.

FICHA SUJA

A ex-estrela adolescente, revelada no filme "Operação Cupido" (1998) quando ainda tinha 11 anos, tornou-se com o tempo uma das atrizes mais controversas de Hollywood. Para se ter uma ideia, apenas em 2007, Lindsay foi internada três vezes em clínicas de reabilitação, destruiu sua Mercedes em um acidente de carro, foi pega duas vezes dirigindo bêbada, flagrada em posse de cocaína e condenada a três anos de prisão –cumpriu só 84 dias.

Nos anos seguintes, ainda viriam outras internações, problemas com a Justiça e acidentes de carro, entre outras pendências judiciais. Em baixa no mercado, Lindsay aceitou receber R$ 225 por dia (um ator pornô masculino bem remunerado pode chegar a ganhar até R$ 2.250 por cena filmada, e a atriz já chegou a receber cerca de R$ 17 milhões por um papel) para encarnar a namorada de James Deen na trama. "Foi divertido trabalhar com ela, tivemos bons momentos na filmagem", diz o ator, fugindo do assunto.

Vídeo

As três semanas de produção foram conturbadas, em grande parte por causa da atriz, que se atrasava, gritava e bebia, não necessariamente nessa ordem. Em episódio descrito pelo repórter Stephen Rodrick, que acompanhou as filmagens e as relatou ao "New York Times", Deen e o diretor tiveram uma discussão por causa de uma cena. "A gente gritou um com o outro porque não dava para gritar com quem a gente queria gritar de verdade", justificou Deen ao jornalista. Lindsay havia se atrasado mais uma vez.

A falta de disciplina da estrela não desanimou o ator. "Fiquei com vontade de fazer mais filmes tradicionais", diz. "Apareceram algumas propostas de papéis, mas ainda não tenho nada definido."

Até lá, ele segue focado em seu interesse principal: sexo. No tempo livre, assiste a pornôs amadores. "Gosto porque as pessoas estão mais interessadas umas nas outras do que no salário. Como não conheço as pessoas envolvidas, não analiso a atuação delas o tempo inteiro."

Longe do circuito pornô comercial, Deen mantém uma vida sexual ativa e privada, mas sem parceira exclusiva. Escolhe as mulheres com quem transa em seu site. A quem interessar (se não for homem nem palhaço) existe uma seção onde é possível se candidatar para o sexo. Tudo será filmado. "São cenas bem cruas, simples. Só eu, uma garota e uma câmera no canto. Fica lindo."

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