Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
Publicidade

Serafina

Bailarina brasileira brilha em espetáculo do Balé de Washington

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

As andanças boêmias do escritor americano Ernest Hemingway no romance "O Sol Também Se Levanta" (1926) foram transformadas em espetáculo de dança pelo Balé de Washington.

No palco do imponente Kennedy Center, na capital americana, bailarinas de cancã e de flamenco e até uma versão contemporânea da cantora e dançarina Josephine Baker (1906-1975) interagem com o balé clássico.

E a pernambucana Aurora Dickie, 25, é uma das maiores atrações: vestida de "garota candelabro" (como na foto abaixo), ela é carregada pelos demais bailarinos ao entrar em um cabaré parisiense.

A plateia aplaude em cena aberta o momento diva da brasileira, de família gaúcha e ascendência alemã, um dos destaques da companhia. Mais da metade dos bailarinos é de fora dos Estados Unidos– ela tem colegas do Japão, China, Coreia, África do Sul e Austrália.

Divulgação
Bailarina Aurora
A bailarina pernambucana Aurora Dickie é destaque como mulher candelabro em espetáculo de dança em Washington (EUA)

Aurora também virou atração na festa de gala para arrecadar fundos para a companhia, realizada na Biblioteca do Congresso Nacional, onde figurões da política americana pediam para tirar fotos com ela.

"Aqui fazemos mil eventos para bancar as contas do grupo", diz.

Ela começou a dançar na escola de balé da mãe, primeiro em Recife, onde nasceu, e depois em São Leopoldo (RS), quando a família voltou ao Sul.

Em 2000, quando a escola do Bolshoi russo foi inaugurada em Joinville (SC), mãe e filha foram para lá (mãe como professora, filha para estudar). Aurora ficou cinco anos no Bolshoi– aos 14, ganhou uma bolsa para estudar em Moscou ("no inverno", ela treme ao lembrar) e decidiu que queria morar fora do Brasil.

"Alguns anos atrás, o mercado de trabalho brasileiro era muito limitado. As companhias eram mais locais, com bailarinos locais, e eu queria aprender com gente de todo o mundo", recorda.

Deu sorte. Ficou entre as finalistas da competição Jovem Grand Prix, em Nova York, em 2006, e foi descoberta pelo diretor do Balé de Washington, Septime Webre, que a convidou para fazer parte da companhia.

Foi a primeira temporada da bailarina na capital americana. Neste ano, ela virou também professora em curso para as novatas da trupe.

Ela diz que não é coincidência que tantos bailarinos brasileiros estejam fazendo sucesso fora do país hoje em dia. "Dava para fazer duas ou três grandes companhias só com os brasileiros que dançam no exterior", acredita.

"Nós nos abrimos mais para o mundo e o mundo se abriu para o Brasil. Ganhamos espaço quando passamos a participar mais de concursos, mostrando nossa técnica, sem complexo de inferioridade. Corremos atrás."

Mas desabafa: "O balé exige muita disciplina e sacrifício, é uma vida dura". Com grandes recompensas. "É bom estar em uma companhia que cria novos espetáculos." Antes da atração baseada em livro de Hemingway, ela participou da montagem de "O Grande Gatsby", outro balé do grupo, estreando no papel de musa de escritores.

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Envie sua notícia

Siga a folha

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página