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Serafina

Grife britânica de sabonetes volta ao mercado brasileiro com loja-spa de 400 m²

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Só tem uma coisa que Mark Constantine, 61, gosta mais do que as pilhas de sabonetes coloridos, xampus e cremes que produz: pássaros ingleses.

Cada vez que toco na palavra "birds" (pássaros), o dono da marca de cosméticos Lush desembesta a falar dos animais. De tanto viajar para observar os bichos, acabou descobrindo uma espécie não catalogada. "Foi mais emocionante do que descobrir as fórmulas dos primeiros sabonetes na minha cozinha", diz.

Quando a marca voltar ao Brasil, no primeiro semestre de 2014, as aves de Mark estarão por toda a parte. Isso porque a loja que ocupará 400 m2 no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, contará também com um spa.

O ambiente será decorado com livros de aves e plantas, quadrinhos de pássaros e vidrinhos coloridos de essências, com etiquetas como "alegria", "relaxamento", "confiança". O som? Canto de pássaros ingleses, claro, além de músicas compostas por uma orquestra para acompanhar cada tipo de massagem. Os movimentos da terapeuta serão coreografados pela música.

Essa é a segunda tentativa da Lush de se fixar no Brasil. Na primeira passagem, entre 1999 e 2007, a marca não deixou uma boa impressão. Infestou corredores de shoppings com o aroma fortíssimo que vinha de suas lojas.

"Nunca estivemos realmente no Brasil. Aquelas lojas eram franquias e os negócios não foram bem administrados", diz Mark. Quanto ao cheiro no ar, ele explica que a Lush tem como política evitar o uso de embalagens. Os produtos ficam expostos como se estivessem numa feira. Mas ele afirma que agora a marca estará em uma loja de rua, com mostruários arrumados da forma correta.

SABONETE PAZ E AMOR

Quem visita as fábricas da marca em Poole, cidade portuária e paraíso de aposentados cheirosos, nota que, apesar de a escala de produção ter aumentado bastante (hoje a Lush tem cerca de 950 lojas no mundo), a essência ainda é a de quando Mark e a mulher, Mo, dois britânicos "hippies paz e amor", faziam experiências na cozinha da casa em que moram até hoje.

"Minha casa tinha cheiro de sabonete e meus amigos passavam o verão no meu jardim engarrafando xampu para ganhar uns trocados", lembra Simon Constantine, 31, filho de Mark e responsável pela área de fragrâncias da empresa.

Enquanto o som ambiente ecoa Cher e The Smiths, os funcionários fazem quase todo o processo com as próprias mãos.

Simon conta que, às vezes, aparece alguém oferecendo máquinas modernas que podem substituir até 20 empregados. "São proibidas. Valorizamos os processos manuais e frescos. Por isso nosso slogan 'fresh matters'", algo como "fresco é importante".

Em 2014, a marca pretende começar a fabricar no Brasil. Usar ingredientes locais, como óleos da Amazônia, e desenvolver pequenas comunidades produtoras também é política da empresa. "Política não, é a lei da natureza", diz Mark. "Até um passarinho sabe que, se o meio for prejudicado, ele vai ter que ir embora. Simples assim. E queremos ficar aí por muito tempo."

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