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Serafina

Cantor, surfista e certinho, Jack Johnson faz shows ecologicamente corretos

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Segundo o jornal britânico "The Telegraph", as fezes do cantor americano Jack Johnson são usadas para adubar o jardim de sua casa, em North Shore, no Havaí. "O quê?", pergunta ele, espantado, ao telefone. "Tenho certeza de que um dos meus filhos já fez cocô no quintal, mas isso parece uma piada. Eu não sou tão maluco", diz, aos risos.

O exagero não é a toa. Vem da fama de ecologicamente correto do cantor de baladas praianas, também surfista de carteirinha. A casa dele é feita de madeira reutilizada e tem painéis solares que ajudam a carregar a bateria do seu carro. Lá, Jack, 38, vive com os três filhos e a mulher, Kim, para quem escreve todas as suas canções de amor e com quem é "bem feliz casado" há mais de 20 anos.

Na residência, existem algumas regrinhas básicas e são os pequenos os principais fiscalizadores. "Eles sempre desligam as luzes e falam: 'Não abra a torneira enquanto escova os dentes'", diz Jack.

Ainda com o cocô na cabeça, Jack explica que, no Havaí, cada habitante possui o próprio sistema de esgoto interno no quintal. O lixo é transformado em água cinzenta, que depois é utilizada para molhar o solo e, por consequência, as plantas, por baixo da terra. "De alguma forma, minhas fezes acabam mesmo fertilizando o jardim. Mas é tudo debaixo da terra", esclarece aos risos.

BANCANDO A DIVA SUSTENTÁVEL

O autor de hits como "Sitting, Waiting, Wishing" e "Better Together", que faz shows em março em São Paulo, Rio e Florianópolis, ainda doa o lucro das suas turnês  para ONGs, como o SOS Mata Atlântica, além de manter duas instituições ligadas à educação ambiental.

Quando sai em turnê, nos Estados Unidos, ele se desloca entre os shows de ônibus, usando biodiesel sustentável. E faz pedidos inusitados para os organizadores dos eventos. Entram na lista: o uso de lâmpadas com baixo consumo de energia para a iluminação do palco, pontos de reciclagem e estações de refil de água. "Você escuta histórias de músicos exigindo coisas malucas como M&M's da mesma cor ou champanhes caros. Essa é a nossa versão de 'bancar a diva'", brinca.

Lançado em setembro de 2013, o sexto álbum de estúdio do cantor, "From Here to Now to You", é mais animado que o anterior, mas parecido com tudo que ele já fez em seus 13 anos de carreira. "É o tipo de música que me sinto à vontade fazendo", diz.

As letras podem surgir de uma conversa com os filhos. "Ontem, eu estava explicando a um deles o que é um ponto decimal em matemática. E ele perguntou: 'E se o mundo fosse um ponto decimal?'. Então comecei a cantarolar: 'What if the world was a decimal point'. Devo aos meus filhos créditos nas composições."

Jack Johnson não cansa de ser o bom moço. Não faz nada de errado? "Faço coisas erradas todos os dias, é só perguntar pra minha mulher. Só não sei te dar exemplos."

Divulgação
Jack Johnson, "o homem sem defeitos"
Jack Johnson, "o homem sem defeitos"

Longe da figura do rock star destrutivo, que abusa das drogas e da noite, o único barato de Jack é pegar ondas grandes. "Algumas pessoas até me recriminam porque tenho filhos e é perigoso."

Correr esse risco foi o que o aproximou da música, quando, aos 17 anos, sofreu um acidente em uma competição. Obrigado a ficar 90 dias parado, começou a compor, influenciado por nomes como Neil Young, Bob Marley e Bob Dylan.

Apesar da paixão, ele diz que surfar hoje é diferente. "Cresci numa época em que muitas das marcas [de surfe] estavam começando. Eram os surfistas que dominavam e não as grifes", diz.

"O surfe virou bastante corporativo. Eu e meus amigos tentamos ficar longe de tudo isso, mas é difícil evitar quando se vive onde eu vivo."

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