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Serafina

Trio que conquistou David Lynch, Au Revoir Simone faz show no Brasil

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Erika Forster está resfriada. Não. Na verdade, ela está com laringite. Seria apenas um incômodo normal, se Erika, 34, não fosse parte do trio de "dream pop" Au Revoir Simone, que baseia suas músicas em harmonias vocais e teclados. Ela tem um show à noite em Los Angeles e busca um médico. Sem sucesso. 

"Todas as nossas músicas dependem muito de harmonia vocal. Sem uma das vozes, seria impossível criar músicas como 'Knight of Wands'", diz Heather D'Angelo, 34, única integrante do trio de Nova York que tem uma carreira fora da banda, como cientista que estuda o solo dos trópicos. Hã? "A maioria das pessoas não sabe o que falar quando eu conto isso. Mas adoro as duas coisas. Não saberia escolher." 

Sebastian Kim/Divulgação
Foto de Au Revoir Simone, banda de dream pop formada em 2003 nos EUA
Foto de Au Revoir Simone, banda de dream pop formada em 2003 nos EUA

Ao contrário do que o nome pode dar a entender, o Au Revoir Simone não é francês, mas americano. O nome vem de uma frase do filme "As Grandes Aventuras de Pee-wee" (1985), de Tim Burton. Mas isso não impediu as meninas de serem quase mais famosas na Europa do que nos Estados Unidos. 

Em 2007, elas se apresentaram na retrospectiva do cineasta David Lynch (de "Cidade dos Sonhos") na Fondation Cartier, em Paris, e ele virou fã —já disse até que, se voltar a fazer filmes, elas farão a trilha. Lynch resumiu o grupo em três palavras: "inocente, moderno e novo". 

As garotas, que começaram aos 20 e poucos anos e ficaram conhecidas pelas músicas misteriosas, beleza e visual cool, hoje não parecem lá muito inocentes.

"Sinto que os fãs gostam mais dos discos do começo da nossa carreira, e a crítica prefere os dois últimos. Os primeiros são mais acessíveis, e os últimos, mais elaborados", diz Heather. 

O Au Revoir Simone não é mais tão pop, o que impede que surfe na onda do feminismo atual na música. "Eu cresci ouvindo bandas que tinham mulheres fortes, como Sonic Youth e My Bloody Valentine. Não havia bandas só de garotas, então fico feliz de estar em uma. Mas achamos essa discussão de sexos uma bobagem", diz Heather.

AI, SE EU TE PEGO

No dia 11 de maio, o Au Revoir Simone sobe ao palco do Cine Joia, em SP. Três dias antes, se apresenta no Rio. Esta será a segunda visita ao Brasil. A primeira foi em 2013, durante a Virada Cultural Paulista, quando tocaram em Santa Bárbara d'Oeste e Indaiatuba. 

"Tocamos em um milharal. Foi engraçado e inesperado", lembra Erika, enquanto toma golinhos de um chá feito com ervas chinesas que têm poderes curativos para inflamação na garganta.

"Alguns fãs perguntaram porque escolhemos tocar lá. Não escolhemos, mas adoramos a experiência", diz Annie Hart, 34. Daquela vez, elas fizeram aulas de samba e aprenderam até a cantar "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló. "Sabemos que ela não representa a melhor parte da música brasileira, mas é tão engraçada que não resistimos", ri Erika. 

Ah, a laringite? Erika não conseguiu ir ao médico, mas diz que as ervas chinesas ajudaram.

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