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Serafina

Vitória Frate dá um tempo na atuação para se dedicar às artes plásticas

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Os desenhos entraram quase por acaso na vida da atriz Vitória Frate, 28, mas logo se tornaram protagonistas.

Depois de estudar fotografia e jornalismo, fazer cinema ("Era uma Vez...", do diretor Breno Silveira, 2008), trabalhar em uma novela ("Caminho das Índias", 2009), encenar peças de teatro e gravar uma série de TV ("Só Garotas", escrita e dirigida por Maria Flor e em exibição no Multishow), ela "se deu ao luxo de parar". Decidiu deixar a atuação de lado e se dedicar às artes plásticas, hobby que virou profissão após um período sabático em 2012.

Para "olhar a vida de fora", como ela diz, Vitória e o marido —o ator e DJ Pedro Neschling, 32— trocaram o Rio de Janeiro pela Europa. Viajaram pelo continente por um semestre até se fixarem em Berlim por três meses.

"Estava tudo indo muito rápido, no automático, e a gente quis parar um pouco para pensar", diz Vitória.

No inverno da capital alemã, ela fazia ioga e desenhava. Acompanhada de seus bloquinhos, parava de café em café, e os traços saíam livremente.

"Fazia uns personagens de pernas compridas e percebi que estava criando um estilo totalmente aleatório."

Sua inspiração? Gente de todos os tipos. "Acho que tem a ver com o meu trabalho de atriz. Bem ou mal, estou há sete anos pesquisando e observando seres humanos", afirma.

Ao publicar as obras em sua conta do Instagram, recebia de amigos pedidos de exemplares de seu trabalho. Com o interesse crescente pelos desenhos, ela decidiu, em Berlim mesmo, aperfeiçoar sua técnica num curso livre de pintura. Voltou para o Rio com a cabeça descansada, mas com a mala pesada, cheia de folhas estampadas com criaturas esguias, coloridas e melancólicas. "Quando vi, tinha uma produção gigantesca."

Vitória se matriculou em um novo curso. Daí até resolver deixar as outras atividades de lado, foi um pulo —ou 12 meses. No início do ano, criou uma página para vender suas criações —cada impressão custa R$ 50.

"Montei o site com o Pedro, que me dá toda a estrutura de organização, qualidade que não tenho. As ilustrações bombaram muito rápido. Foi incrível."

FOTOS, ROUPAS, MÓVEIS

Em maio, ela inaugurou a exposição "Contornos da Falta", no LZ Studio, em Ipanema. Para elaborar os desenhos que iria mostrar —algumas obras ainda podem ser vistas no local—, passava 12 horas por dia trancada em seu ateliê, um pequeno apartamento no Jardim Botânico, rodeada por nanquins, aquarelas, pastéis e lápis de cor.

Também contava com o "apoio-chantagem" de Neschling. "Ele dizia: 'Você não vai poder comer até produzir tantos quadros. Você está procrastinando'!"

Enquanto negocia uma mostra em São Paulo —que deve ocorrer no início de 2015—, Vitória arrisca desenhos diferentes e assina a coleção outono 2015 da Cavalera, uma linha de móveis para o escritório de design Studio 613 e participa da segunda edição da Semana Design Rio, de 5 a 9 de novembro.

Nos fins de semana, ela dá folga para os pincéis para dar expediente na Funfarra, balada comandada por seu marido no Rio, em São Paulo e em Curitiba. "Tiro as fotos da festa. Eu e o Pedro trabalhamos bastante juntos. A gente é feliz assim."

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