Serafina
Fotógrafo retrata mulheres que fazem paralelepípedo na Bahia
No trabalho "Mulheres de Pedra", que será exposto na Unibes Cultural a partir do dia 8 de novembro, o fotógrafo Alexandre Augusto foi à Chapada Diamantina, onde acompanhou o dia a dia das mulheres do Morro do Tigre, perto da cidade de Milagres, que trabalham quebrando blocos de pedra para fazer paralelepípedos.
"É uma região muito seca, passa ano inteiro sem chover. Você anda centenas de quilômetros por ali e não vê uma plantação, um gado, uma cabra", diz.
As mulheres trabalham geralmente em família, com maridos, tios, avô, avó, pai e mãe. Eles ganham R$ 55 a cada mil paralelepípedos talhados.
"É um trabalho duríssimo, e elas chegam a fazer 500 paralelepípedos por dia", conta.
No final do mês, cada membro da família leva para casa cerca de R$ 800.
"E ninguém tem patrão, eles trabalham por conta própria", diz Alexandre. Os clientes são as prefeituras locais e os postos de gasolina, que usam as pedras para fazer pavimento.
"Meu primeiro sentimento foi achar aquilo tudo uma exploração. Mas uma das senhoras mais velhas da pedreira me disse: 'moço, faço isso desde menina. Agradeço a Deus todos os dias pela pedra. Foi com a pedra que criei meus filhos. É com a pedra que eles hoje criam meus netos' ".
MULHERES DE PEDRA
ONDE Unibes Cultural: Rua Oscar Freire, 2500, 1º andar - SP, tel, 3065-4333
QUANDO de 8/11/1017 a 10/03/2018, de seg. a sáb., das 10h30 às 19h
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