O desmatamento na Amazônia em outubro cresceu 5% em relação ao mesmo mês de 2018, segundo dados do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que dispara alertas de desmate para orientar ações do Ibama.
O sistema não serve para medir com precisão a destruição da mata, mas pode ser usado para observar tendências.
Contrapondo-se ao pequeno aumento de outubro, os últimos meses tiveram aumentos acentuados no desmate em comparação a anos anteriores. Em relação a 2018, junho teve aumento de 90%, julho, de 278%; agosto, de 222%, e setembro, de 96%.
Em julho, o governo Jair Bolsonaro reagiu a notícias de aumento do desmate questionando os dados. Em agosto, o ministro Marcos Pontes (Ciência) exonerou o então diretor do Inpe, Ricardo Galvão.
Após a exoneração de Galvão, as queimadas —última etapa do processo de desmatamento— ganharam destaque internacional. Até o mês de agosto, o país teve o maior número de incêndios desde 2010.
A reação internacional ao fogo levou Bolsonaro a assinar um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), autorizando o uso das Forças Armadas para combate aos incêndios.
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