Descrição de chapéu Planeta em Transe clima

Agência meteorológica da ONU prevê temporada de furacões altamente ativa

Calor nos oceanos e chegada antecipada do fenômeno La Niña estão entre as causas do aumento

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Reuters

A OMM (Organização Meteorológica Mundial) alertou nesta sexta-feira (24) que prevê uma temporada de furacões altamente ativa. A entidade ligada à ONU (Organização das Nações Unidas) destacou a necessidade de alertas antecipados para salvar vidas.

"O alto conteúdo de calor nos oceanos e o desenvolvimento antecipado do evento La Niña devem alimentar uma temporada de furacões muito, muito, muito ativa este ano", disse Clare Nullis, porta-voz da OMM, em uma reunião em Genebra.

"Basta um furacão que atinja a costa para atrasar anos e anos de desenvolvimento socioeconômico."

Prédios sem janelas na orla de uma praia
Estragos do furacão Otis em Acapulco, no México - Raquel Cunha - 8.mai.2024/Reuters

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa, na sigla em inglês) previu de 17 a 25 tempestades nomeadas. Entre essas, de 8 a 13 devem se tornar furacões.

Uma temporada média produz 14 tempestades (com ventos de pelo menos 63 km/h), das quais 7 se tornam furacões, com ventos de pelo menos 119 km/h, e 3 são de grande intensidade, com ventos acima dos 178 km/h.

A previsão para 2024 indica que esta será uma temporada mais ativa do que aquela de 2005 —que registrou recordes de furacões, incluindo o Katrina e o Rita—, com entre 4 e 7 grandes furacões neste ano.

"Esta previsão é superior à de 2005", afirmou o meteorologista Matthew Rosencrans, da Noaa. "Esses são os maiores números que previmos até agora."

Em 2023, houve 3 grandes furacões, de um total de 7, e 20 tempestades nomeadas —o quarto maior número desde 1950. A que causou mais danos, batizada de Idalia, castigou a costa oeste da Flórida e chegou ao continente americano como um furacão de categoria 3.

A temporada de furacões no Atlântico, que vai de junho a novembro, registra atividade acima da média por oito anos consecutivos, disse a OMM.

"Os avisos antecipados ajudaram a salvar vidas", frisou Nullis. "Eles realmente reduziram drasticamente o número de mortos, mas, mesmo assim, os pequenos Estados insulares em desenvolvimento do Caribe sofrem desproporcionalmente tanto em termos de perdas econômicas quanto de perdas de vidas."

Entre 1970 e 2021, os ciclones tropicais —que incluem furacões— foram a principal causa de perdas humanas e econômicas registradas em todo o mundo, de acordo com a OMM.

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