Siga a folha

Mancha de óleo de 21 quilômetros quadrados se aproxima da Bahia

Substância já foi registrada em 166 locais de 72 municípios nordestinos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Salvador

Uma mancha de óleo cru de 21 quilômetros quadrados e outra de 3,3 quilômetros quadrados estão a cerca de 100 quilômetros de distância do litoral brasileiro.

As anomalias foram identificadas pelo professor do curso de Oceanografia da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Pablo Santos, que é especialista em sensoriamento remoto.

As manchas foram identificadas por um satélite da União europeia, cuja base de dados é parcialmente pública. O radar identificou a mancha às 7h55 desta sexta-feira, horário do Brasil, momento em que estava a 100 quilômetros da costa brasileira entre os estados de Sergipe e Bahia.

Imagem de satélite mostra mancha de óleo - Divulgação/UFBA

“Esse tipo de dado orbital é a melhor forma de identificar possíveis manchas. O oceano tem certa rugosidade superficial. Mas quando existe óleo na superfície, essa rugosidade diminui, fica mais lisa. É um padrão muito comum em manchas de óleo”, afirma o professor.

 

A mancha maior é quase do tamanho de Taboão da Serra, cidade da grande São Paulo que tem cerca de 250 mil habitantes. A outra é tem tamanho próximo ao da cidade de Águas de São Pedro, também em São Paulo, segundo menor município do Brasil.

De acordo com Pablo Santos, a tendência é que a mancha se desagregue com a ação de ondas e dos ventos e chegue à costa em fragmentos menores.

Após a descoberta das manchas, grupos de pesquisa liderados pelo professor Guilherme Lessa, da UFBA, e Carlos Teixeira, da Universidade Federal do Ceará estão empenhados em identificar o local exato para onde o óleo deve chegar na costa brasileira, de acordo com a direção dos ventos e correntes marítimas.

“Ainda não temos nada conclusivo, mas a mancha está vindo em direção à Bahia. Isso é fato. E, dadas as condições de circulação atmosférica e oceânica, ele vai continuar chegando à Bahia”, afirma o professor Guilherme Lessa.

De acordo com o Ibama, a presença de óleo já foi registrada em 166 locais de 72 municípios nordestinos —números que ainda não inclui as praias de Salvador, onde as manchas chegaram a pelo menos cinco praias nesta sexta-feira (11).

Conforme mostrado pela Folha nesta quinta-feira, o óleo começou a entrar em manguezais e rios importantes da região como o Itapicuru, o Vaza-barris e até mesmo o São Francisco, atingindo estuários que são berçário de diversas espécies de plantas e animais.

As possíveis causas das manchas estão sendo investigadas pela Marinha do Brasil.

Uma análise feita pela Petrobras e outra realizada pela UFBA apontam que o óleo tem origem na Venezuela. O governo da Venezuela negou que seja responsável pelo petróleo derramado.

Veja aqui os locais afetados.

Viu manchas de óleo no litoral do Nordeste? Mande seu relato para a Folha.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas