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Manchas de óleo interditam principal praia de Fortaleza

Todos os estados nordestinos foram afetados pelo acidente, que ainda é investigado pela Polícia Federal

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Michel Alecrim
Rio de Janeiro

Uma das praias mais frequentadas do litoral de Fortaleza, a praia do Futuro, amanheceu neste sábado (5) imprópria para o banho por causa do aparecimento de manchas de óleo que atingem todos os estados do Nordeste.

A Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), órgão ambiental cearense, está alertando os frequentadores que insistirem no banho de mar para que evitem o contato com o material tóxico.

Apesar do alerta, centenas de pessoas aproveitaram o dia de sol para o lazer na praia. A Semace tem feito mutirões de limpeza para a retirada do óleo cru que aparece nas areias e uma equipe foi mantida de plantão neste sábado. 

Operação da Semace na Praia do Futuro, em Fortaleza, recolhe 500 litros de óleo das praias - Semace/Divulgação

Desde o início do problema o óleo já foi parar em pelo menos sete pontos do litoral cearense, e dez animais mortos foram encontrados com manchas sobre o corpo. Tartarugas, aves e até um golfinho foram vítimas do problema ambiental. A Polícia Federal ainda investiga a causa, mas a principal suspeita é que tenha havido vazamento de petróleo de navio estrangeiro. ​

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) recomenda que se evite qualquer contato ou manuseio do material e que o banhista comunique a ocorrência imediatamente ao órgão ambiental local. No Ceará, o telefone de contato é 0800 274-2233.

Praia da Coroa do Meio, em Aracaju, Sergipe. As manchas de óleo tomaram as areias das praias da capital sergipana e parte da Grande Aracaju. Equipes da Administração Estadual de Meio Ambiente, Adema, estão percorrendo todo o litoral do estado para avaliar os estragos na costa, causados pela chegada dessa substância oleosa em todo o litoral nordestino - Marcos Rodrigues/Governo do Serg

Em Sergipe, o problema se agravou neste sábado (5) com o aparecimento de camadas maiores em todo o litoral ao sul da capital, Aracaju. Nesse trecho até a divisa com a Bahia, todas as praias estão impróprias para banho, o que também prejudica o turismo.

"É um trabalho de enxugar gelo. Nossas equipes retiram o óleo da areia e o mar traz novas levas. É algo nunca visto por aqui", afirma o presidente da Adema (Administração Estadual do Meio Ambiente), Gilvan Dias.

Um dos pontos afetados no litoral sergipano é a reserva de Santa Isabel, que fica no município de Pirambu, destinada à reprodução de tartarugas marinhas. Foram encontrados animais mortos no local, mas a causa ainda está sendo analisada. 

"Mesmo que a água esteja limpa, as pessoas precisam pisar na areia antes de mergulhar, o que é perigoso em alguns lugares. Por isso, por precaução estamos emitindo alertas", explica Dias.

Em caso de contato com o óleo, a recomendação do Ibama é que a pessoa passe primeiro gelo ou óleo de cozinha, antes de lavar com água e sabão. 

O avanço das manchas tem sido constante desde o início de setembro. Na quinta-feira (3) o petróleo atingiu o litoral da Bahia, onde o Projeto Tamar atua na preservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção. A poluição já afeta 124 regiões de 59 municípios do litoral nordestino. 

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