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Groenlândia perdeu mais gelo do que se pensava, indica estudo

Cientistas descobriram mais de 1 trilhão de toneladas de gelo que foram perdidas nas extremidades da ilha nos últimos 40 anos

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AFP

A mudança climática provocou na camada de gelo da Groenlândia uma perda de 20% a mais de massa do que se pensava anteriormente, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (17).

Pesquisas anteriores haviam indicado que a superfície desta ilha autônoma havia perdido cerca de 5 trilhões de toneladas de gelo desde o ano 2000, o que representa uma significativa contribuição para o aumento do nível do mar.

Borda da camada de gelo ao sul de Ilulissat, Groenlândia - Hannibal Hanschke - 17.set.2021/Reuters

Neste novo estudo publicado na Nature, pesquisadores nos Estados Unidos compilaram cerca de 240 mil imagens de satélite do ponto de contato das geleiras com o oceano, referentes ao período de 1985 a 2022.

"Quase todas as geleiras da Groenlândia perderam peso ou retrocederam nas últimas décadas", disse à AFP principal autor, Chad Greene, glaciólogo do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. "Praticamente não há exceções, está acontecendo em toda parte, ao mesmo tempo", acrescentou.

Os cientistas descobriram que mais de 1 trilhão de toneladas, ou seja, 20% do gelo, foram perdidas nas últimas quatro décadas nas extremidades da Groenlândia, sem que ninguém percebesse.

Como o gelo nas margens da ilha já está acima da água, os autores enfatizaram que este novo aumento teve um impacto direto "mínimo" na elevação do nível do mar. No entanto, o fenômeno poderia acelerar o derretimento de toda a camada de gelo que cobre grande parte da superfície da Groenlândia, o que permitiria que as geleiras deslizassem mais facilmente para o mar.

As geleiras da ilha mais suscetíveis às mudanças sazonais, ou seja, que se expandem no inverno e retrocedem no verão, são também as mais sensíveis ao impacto do aquecimento global e passaram por uma redução mais significativa desde 1985.

Estima-se que o derretimento desta vasta camada de gelo, a segunda maior do mundo depois da Antártida, tenha contribuído com mais de 20% do aumento observado do nível dos oceanos desde 2002.

Esta elevação ameaça intensificar as inundações em comunidades costeiras e insulares que abrigam centenas de milhões de pessoas, e poderia chegar a submergir nações inteiras e cidades litorâneas.

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