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Pantanal tem rios com nível abaixo da média mesmo após chuvas

Temporada de cheias termina em março, mas bioma tem sofrido com incêndios; previsão é de mais chuva na próxima semana

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Rio de Janeiro

Os rios da bacia do Alto Paraguai, responsáveis pelas cheias características do pantanal, permanecem com nível abaixo da média para o período mesmo após as chuvas chegarem à região.

Boletim do Serviço Hidrológico do Brasil (SHB) divulgado na quinta-feira (15) afirma que há previsão de mais chuva para as próximas quatro semanas. A expectativa é de um pico de precipitação na quarta-feira (21), quando espera-se uma elevação mais significativa dos rios.

Tempestade de areia 'engole' santuário de biodiversidade no Pantanal; as imagens, feitas por drones, mostram o momento em que tempestade começa a encobrir a Serra do Amolar, em dezembro de 2023 - Instituto Homem Pantaneiro

"Essas chuvas deverão causar aumentos graduais nos níveis dos rios em Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho. Há uma pequena possibilidade de que os rios Alto Paraguai e Cuiabá experimentem elevações mais expressivas devido a chuvas mais intensas que podem ocorrer, mas o mais provável é que ocorram subidas moderadas nesses rios após o período de chuvas concentradas próximo ao dia 21/02", afirma o boletim.

O pantanal recebe a água das chuvas das regiões de planalto, da bacia do Alto Paraguai. No calendário natural, o ciclo começa em outubro, com picos em dezembro e janeiro, se estendendo até março, no máximo. Nas enchentes, as águas transbordam das calhas dos rios, conectam lagoas e formam amplas e contínuas áreas alagadas.

Contudo, desde novembro até o início deste mês, a região sofreu com incêndios. O baixo volume das águas amplia a área disponível para ação do fogo.

Na última semana, de acordo com os dados do SHB, a bacia do rio Paraguai registrou um volume acumulado de chuvas de cerca de 33 milímetros. Apesar disso, o nível das águas permanece baixo.

Em Barra do Bugres (MT), o nível do rio reduziu nos últimos dias e alcançou a marca de 95 centímetros, enquanto a média histórica para a data é de 3,69 metros, segundo o boletim.

Na estação de Cáceres (MT), houve elevação devido às chuvas, e o nível observado nesta quinta foi de 2,14 metros, quase metade do esperado (4,32 metros). Em Cuiabá (MT), o rio desceu 28 cm nos últimos dias e está na marca de 1,58 m. A média histórica é de 3,94 m.

O boletim descreve cenário semelhante nas estações de Mato Grosso do Sul. Em Ladário (MS), a última cota observada foi de 70 centímetros, onde a média é de 2 m. Em Miranda (MS), o rio apresentou elevação de 36 cm na última semana, mas a cota observada (1,99 m) está abaixo da média (4,63 m).

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