Siga a folha

Descrição de chapéu Guerra na Ucrânia Rússia

Cerca de 7.000 cientistas russos se opõem à guerra na Ucrânia

Valores humanísticos são a base sobre a qual a ciência é construída, escrevem profissionais

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paris | AFP

Quase 7.000 cientistas, matemáticos e acadêmicos russos enviaram nesta quinta-feira (3) uma carta aberta ao presidente Vladimir Putin para protestar "energicamente" contra a guerra na Ucrânia.

"Nós, cientistas e jornalistas científicos que trabalham na Rússia, protestamos energicamente contra a invasão militar da Ucrânia lançada pelo exército russo" há uma semana, escreveram em uma carta publicada pelo site de notícias trv-science.ru.

Os mais de 6.900 signatários da carta enfrentam multas ou penas de prisão sob a legislação aprovada há alguns anos, que permite que as autoridades russas processem qualquer cidadão que critique o governo.

Jovem protesta contra a guerra na Ucrânia, em Moscou - Evguênia Novozhenina - 27.fev.2022/Reuters

Esta semana, o parlamento russo iniciou discussões sobre um projeto de lei que deve endurecer as sanções contra aqueles que se opõem à guerra na Ucrânia.

"Os valores humanísticos são a base sobre a qual a ciência é construída. Os muitos anos dedicados a consolidar a reputação da Rússia como um importante centro matemático foram completamente frustrados pela agressão militar sem precedentes realizada por nosso país", lamentam os cientistas.

O Congresso Internacional de Matemáticos, a "conferência de matemática mais prestigiosa do mundo", que aconteceria na Rússia em julho, foi cancelado, denunciam.

Em sua opinião, o objetivo de se tornar uma grande nação científica "não pode ser alcançado quando as vidas de nossos colegas mais próximos –cientistas ucranianos– estão em perigo pelo exército russo".

"Estamos convencidos de que nenhum interesse geopolítico pode justificar as mortes e o banho de sangue. A guerra só levará à perda total do nosso país, pelo qual trabalhamos", acrescentaram.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas