Cerca de 7.000 cientistas russos se opõem à guerra na Ucrânia
Valores humanísticos são a base sobre a qual a ciência é construída, escrevem profissionais
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Quase 7.000 cientistas, matemáticos e acadêmicos russos enviaram nesta quinta-feira (3) uma carta aberta ao presidente Vladimir Putin para protestar "energicamente" contra a guerra na Ucrânia.
"Nós, cientistas e jornalistas científicos que trabalham na Rússia, protestamos energicamente contra a invasão militar da Ucrânia lançada pelo exército russo" há uma semana, escreveram em uma carta publicada pelo site de notícias trv-science.ru.
Os mais de 6.900 signatários da carta enfrentam multas ou penas de prisão sob a legislação aprovada há alguns anos, que permite que as autoridades russas processem qualquer cidadão que critique o governo.
Esta semana, o parlamento russo iniciou discussões sobre um projeto de lei que deve endurecer as sanções contra aqueles que se opõem à guerra na Ucrânia.
"Os valores humanísticos são a base sobre a qual a ciência é construída. Os muitos anos dedicados a consolidar a reputação da Rússia como um importante centro matemático foram completamente frustrados pela agressão militar sem precedentes realizada por nosso país", lamentam os cientistas.
O Congresso Internacional de Matemáticos, a "conferência de matemática mais prestigiosa do mundo", que aconteceria na Rússia em julho, foi cancelado, denunciam.
Em sua opinião, o objetivo de se tornar uma grande nação científica "não pode ser alcançado quando as vidas de nossos colegas mais próximos –cientistas ucranianos– estão em perigo pelo exército russo".
"Estamos convencidos de que nenhum interesse geopolítico pode justificar as mortes e o banho de sangue. A guerra só levará à perda total do nosso país, pelo qual trabalhamos", acrescentaram.
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