Módulo do Japão sobrevive à noite lunar e restabelece comunicação com a Terra
Retomada ocorre mais de um mês depois de a sonda tornar o país o 5º a alunissar
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A agência espacial japonesa, a Jaxa, anunciou nesta segunda-feira (26) que o módulo Slim sobreviveu às duas semanas de noite lunar e restabeleceu a comunicação com a Terra. A retomada ocorre mais de um mês depois de a espaçonave fazer um histórico pouso na Lua.
"Ontem [domingo] à noite enviamos uma ordem, à qual o Slim respondeu", disse a Jaxa na rede social X. "O Sslim conseguiu sobreviver à noite lunar e manteve a sua capacidade de comunicação!", acrescentou.
As comunicações "foram interrompidas pouco depois, porque ainda era meio-dia lunar e a temperatura dos equipamentos de comunicação estava muito alta", informou a agência espacial. "Estamos realizando preparativos para retomar as operações assim que as temperaturas dos instrumentos esfriarem o suficiente."
O Slim (Smart Lander for Investigating Moon, ou Pousador Inteligente para Investigação da Lua) desceu na superfície lunar no dia 19 do mês passado, tornando o Japão o quinto país a alunissar na história. O módulo tem 2,7 metros de comprimento e 200 quilos.
A Odysseus, da empresa Intuitive Machines, de Houston (Texas), também alcançou o feito na última quinta-feira (22), em meio a uma nova corrida de nações e empresas em busca de recursos naturais e de estabelecer uma estadia sustentável e duradoura.
Pouco depois de desder a 55 m de seu alvo, ao sul do equador lunar, o Slim ficou sem energia porque havia tombado e seus painéis solares estavam em um ângulo errado.
Os painéis solares recuperaram eletricidade mais de uma semana depois, graças à mudança na direção da luz solar. Com isso, foi possível fazer observações científicas de uma cratera com uma câmera espectroscópica multibanda instalada no módulo.
A Jaxa anunciou, então, que a sonda "dormiria" por causa das duras noites lunares, para as quais não foi projetada, e que tentaria operá-la novamente após esse período.
Apesar de problemas, o módulo concretizou o objetivo de pousar a cem metros de seu alvo, uma precisão muito maior do que outras alunissagens, que segundo especialistas geralmente têm margem de vários quilômetros.
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