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Novas tempestades solares podem resultar em auroras até quinta-feira (1°)

Fenômeno também oferece riscos a redes elétricas e de telecomunicações

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Aurora registrada em Punta Arenas, no Chile, em maio deste ano - AFP

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Paris | AFP

Novas tempestades solares podem causar tempestades geomagnéticas na Terra, com a aparição de auroras no norte dos Estados Unidos, Europa e sul da Austrália na noite desta terça-feira (30) até quinta-feira (1°).

Em maio deste ano, o planeta registrou os efeitos da tempestade solar mais poderosa em mais de duas décadas. O fenômeno iluminou os céus com deslumbrantes auroras, sobretudos nos EUA, países europeus, Austrália e sul do Chile e Argentina, em latitudes muito mais distantes dos polos do que o habitual.

As tempestades solares podem ser acompanhadas por ejeções de massa coronal (CME), um fluxo de plasma composto de partículas carregadas que levam vários dias para alcançar a Terra.

Sua interação com o campo magnético da Terra produz as auroras boreais, que parecem gigantescas cortinas de luz ondulantes e coloridas.

Quatro CME estão atualmente se dirigindo para a Terra e devem chegar entre esta terça (30) e a próxima quinta-feira (1º), de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

A maior atividade é esperada para esta terça-feira, com uma tempestade geomagnética de categoria três (forte). As de maio atingiram a categoria cinco, o nível máximo (extremo).

Segundo a NOAA, as auroras podem ser vistas do Canadá e de parte dos Estados Unidos. Elas também poderão ser observadas "com um pouco de sorte" no norte da Europa, segundo o portal SpaceWeatherLive.

As CME não apenas causam auroras boreais, mas também podem danificar redes elétricas e de telecomunicações.

Confira os impactos das tempestades geomagnéticas na Terra:

G1 (MENOR) - FREQUÊNCIA DE 1.700 CASOS POR CICLO DE 11 ANOS DO SOL

  • Sistemas de energia: flutuações fracas na rede elétrica podem ocorrer.
  • Operações espaciais: possível impacto menor nas operações de satélite.
  • Outros sistemas: animais migratórios são afetados nesses níveis e acima; aurora é comumente visível em altas latitudes (próximas ao polo norte).

G2 (MODERADO) - FREQUÊNCIA DE 600 POR CICLO

  • Sistemas de energia: sistemas de energia em altas latitudes podem apresentar alarmes de voltagem e tempestades de longa duração podem causar danos a transformadores.
  • Operações de espaçonaves: ações corretivas na orientação podem ser necessárias pelo controle terrestre; possíveis mudanças na resistência do arrasto afetam as previsões de órbita.
  • Outros sistemas: a propagação de rádio de alta frequência pode enfraquecer em latitudes mais altas, e auroras foram vistas tão baixas quanto Nova York e Idaho (tipicamente a 55° de latitude geomagnética).

G3 (FORTE) - FREQUÊNCIA DE 200 POR CICLO

  • Sistemas de energia: correções de tensão podem ser necessárias, alarmes falsos podem ser acionados em alguns dispositivos de proteção.
  • Operações espaciais: pode ocorrer carga superficial em componentes de satélite; o arrasto pode aumentar em satélites de órbita baixa da Terra e correções podem ser necessárias para problemas de orientação.
  • Outros sistemas: pode ocorrer navegação por satélite intermitente e problemas de navegação por rádio de baixa frequência; o rádio de alta frequência pode ser intermitente e auroras foram vistas tão baixas quanto Illinois e Oregon (tipicamente a 50° de latitude geomagnética).

G4 (SEVERO) - FREQUÊNCIA DE 100 POR CICLO

  • Sistemas de energia: possíveis problemas generalizados de controle de tensão e alguns sistemas de proteção podem desligar erroneamente a rede.
  • Operações de espaçonaves: podem ocorrer problemas de carga e rastreamento na superfície, correções podem ser necessárias para problemas de orientação.
  • Outros sistemas: correntes induzidas em dutos afetam medidas preventivas; propagação de rádio de alta frequência esporádica, navegação por satélite degradada por horas, navegação por rádio de baixa frequência interrompida e aurora foi vista tão ao sul quanto Alabama e norte da Califórnia (tipicamente a 45° de latitude geomagnética).

G5 (EXTREMO) - FREQUÊNCIA DE 4 POR CICLO

  • Sistemas de energia: problemas generalizados de controle de tensão e problemas no sistema de proteção podem ocorrer, alguns sistemas de rede podem experimentar colapso completo ou apagões. Transformadores podem sofrer danos.
  • Operações de espaçonaves: podem ocorrer carregamentos extensivos na superfície, problemas de orientação, comunicação de subida/descida e rastreamento de satélites.
  • Outros sistemas: as correntes em dutos podem atingir centenas de amperes, a propagação de rádio em alta frequência pode ser impossível em muitas áreas por um a dois dias, a navegação por satélite pode ser degradada por dias, a navegação por rádio de baixa frequência pode ficar fora do ar por horas e auroras foram vistas tão ao sul quanto a Flórida e o sul do Texas (tipicamente a 40° de latitude geomagnética).

Fonte: Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA)

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