Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 ciclismo

Apelido de Bala Loka, que está nas finais do BMX, nasceu de tombo em pista

Classificado em oitavo lugar, atleta de Carapicuíba (SP) vai disputar medalha no freestyle nesta quarta (31)

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Maceió

Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, afirma ter "três ou quatro" manobras guardadas na manga para a final do BMX Freestyle, que será disputada nesta quarta-feira (31). Ele conseguiu a vaga para a decisão com média de 85.79 pontos, na oitava posição entre os nove que avançaram.

O apelido surgiu de um acidente sofrido por ele ao passar rápido demais em uma rampa e tomar um tombo.

Bala Loka, 21, realmente surgiu como uma bala no cenário do BMX. Ele sequer imaginava que poderia ser um atleta olímpico até a inclusão da modalidade freestyle nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Dali em diante, quando percebeu que fazia manobras semelhantes às das apresentadas pelos competidores, viu que poderia conquistar o seu espaço.

A bicicleta sempre foi uma extensão da vida de Gustavo, desde a infância. Ele já disse que a infância "foi andar de bicicleta".

Aos 15 anos, em 2017, ganhou uma etapa da Copa do Mundo, na China, e ainda assim não viu um futuro como competidor, por causa da falta de apoio.

Imagem mostra o brasileiro Bala Loka no ar, praticamente de cabeça para baixo, enquanto executa manobra
Bala Loka executa uma de suas manobras no qualificatório do BMX Freestyle - Emmanuel Dunand - 30.jul.24/AFP

"Estamos trabalhando muito, treinando muito para estar na final das Olimpíadas. (...) Estar nessa final é incrível. Estava um pouco nervoso por conta do calor. Eu dei uma segurada [na etapa de classificação]. Não fiz o básico, mas uma volta boa para estar numa final. Teve alguns erros. Amanhã tem umas três, quatro manobras, que estão guardadas para a final", disse ele após se classificar.

Bala Loka personalizou sua bicicleta para homenagear a fauna do Brasil, com ilustrações de um papagaio, um tucano e uma onça feitas por um amigo. O capacete leva uma bandeira do Brasil.

"É o que me representa. Eu represento de onde eu vim, aonde eu cresci, ali em Caracas [Trail, pista de ciclismo em Carapicuíba, na Grande São Paulo]. Como tenho tatuagem, como tenho no capacete, como tenho na minha bike, eu carrego isso comigo para sempre", contou.

Apesar de novo, o atleta tem experiência. De 2022 para cá, somou alguns pódios, como bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2022, um bronze inédito nos Jogos Pan-Americanos 2023, dois resultados top 10 em etapas da Copa do Mundo e mais um top 10 no Mundial da modalidade (todas em 2023).

A vaga olímpica foi conquistada com dois bons resultados em etapas classificatórias, oitava lugar em Xangai e quarto em Budape, na Hungria.

A Place de La Concorde, em Paris, agora conhece as manobras de Carapicuíba.

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